Médicos defendem reavaliação do uso das máscaras.
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No primeiro confinamento muitos foram os que se dedicaram à confeção de máscaras caseiras como forma de proteção contra a Covid-19. Na altura, estas máscaras tornaram-se essenciais e parte do dia a dia, mas quase um ano depois e com uma nova variante a ameaçar o País e o mundo, será esta medida de proteção eficaz?
Em Portugal, médicos e especialistas já pedem uma reavaliação do uso das máscaras caseiras, mas em França, Áustria e Alemanha já foram tomadas medidas: proibiu-se as máscaras caseiras em prol da FFP2. Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, inclusive, já optam por usar as FFP2 como se viu esta terça-feira na visita de ambos, em conjunto com a ministra da saúde Marta Temido, ao Hospital das Forças Armadas.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, António Morais, reconhece que é preciso reavaliar as máscaras caseiras porque "não é possível fiscalizá-las para distinguir quais são certificadas e garantem proteção das que não são eficazes". Defende ainda a obrigatoriedade das máscaras cirúrgicas em detrimento das caseiras.
Para a generalidade dos especialistas, as FFP2 e as cirúrgicas começam a ser as mais indicadas para proteção individual uma vez que "oferecem uma proteção aproximada dos 90%".
Em causa está a qualidade de filtragem da máscara que se for apenas um pano a tapar o nariz e boca não é suficiente para nos proteger na nova variante visto que esta é mais contagiosa que a original. As máscaras cirúrgicas e as famosas FFP2 têm mais poder de filtragem e por isso são mais eficazes.
Uma especialista ouvida pelo The New York Times destaca a importância da qualidade das máscaras usadas. Segundo o artigo, o laboratório desta especialistas testou diferentes materiais de máscaras e a máscara de pano certa, usada adequadamente, poderá ter um bom desempenho, mas as melhores são as que têm três camadas: duas de tecido e um filtro no meio. O mesmo artigo defende que, em casos que assim se justifique, colocar uma máscara cirúrgica e uma de pano por cima pode ser uma solução eficaz.
Os problemas das máscaras FFP2
O diretor-geral do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE) afirmou esta terça-feira que as máscaras FFP2 "são muito boas" ao nível da filtração, mas comportam "um conjunto de problemas", designadamente no campo da respirabilidade.
Em declarações à agência Lusa, Braz Costa acrescentou que "há soluções têxteis" para o caso de ser necessário aumentar o nível de proteção das máscaras sociais e que o CITEVE, entidade certificadora de máscaras, já está a trabalhar nesse sentido.
"As máscaras FFP2 são muito boas no que diz respeito à filtração, mas têm um conjunto de outros problemas. Têm problemas no campo da respirabilidade, podem ter problemas no campo da acumulação de CO2", referiu.
Segundo Braz Costa, a maior parte das máscaras FFP2 usadas em Portugal são importadas e o CITEVE já testou algumas delas, detetando "problemas graves".
Por isso, e numa altura em que alguns países estão a impor a obrigatoriedade de uso de máscaras FFP2, Braz Costa pede "sensatez" às autoridades de saúde portuguesas, sublinhando que há soluções têxteis para conferir às máscaras sociais um maior nível de proteção.
Variante britânica cresce em Portugal
Cerca de 20 mil dos 151 226 casos ativos de Covid-19 confirmados em Portugal, até 22 de janeiro, correspondem a infeções pela nova estirpe do Sars-CoV-2 oriunda do Reino Unido. Segundo estudo dos laboratórios Unilabs para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, esta variante já é "responsável por cerca de 20% das novas infeções em Lisboa e Vale do Tejo" e "dentro de três semanas, estará na origem de 60% das infeções" dispersas por todo o País.
Esta nova estirpe é uma das causas para o crescimento galopante de casos de Covid-19 em Portugal nas últimas semanas.
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