Graça Freitas comentava a discrepância de dados entre o que é divulgado a nível nacional e os transmitidos localmente por autarquias.
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A diretora-geral da Saúde sublinhou esta sexta-feira que Portugal "apesar das fragilidades" é "dos países melhores do mundo" a partilhar informação sobre a evolução da pandemia da covid-19 porque a transmite "com transparência".
Graça Freitas, que falava aos jornalistas na conferência de imprensa trissemanal sobre o balanço do surto covid-19 em Portugal, respondia a perguntas sobre discrepância de dados entre o que é divulgado a nível nacional e os transmitidos localmente por autarquias, entre outras entidades, tendo garantido que "discrepâncias ao dia que não são graves".
"A informação é muito complexa, vem-nos de diversas fontes (...). Num dia - 24 horas - vão existir sempre diferenças entre o que é o apuramento local e o apuramento nacional. Ao nível local, um médico de saúde pública, um diretor de um agrupamento de centros de saúde é capaz de ter conhecimento de um caso no momento em que ele ocorre e esse número ainda não foi vertido no SINAVE [Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica] e há discrepâncias ao dia que não são graves, são pequenas discrepâncias com as quais temos de viver", explicou Graça Freitas.
Ao lado da ministra da Saúde, Marta Temido, a diretora-geral da saúde sublinhou que "a forma da DGS [Direção-Geral da Saúde] capta informação também permite encontrar informação que às vezes ao nível local nem sempre é encontrada", razão pela qual, frisou, "é do complemento entre o nível local e o nacional que nasce a rapidez de intervenção".
"Estamos a dar informação com transparência e com rigor. Posso garantir que, apesar de tudo e das fragilidades, somos um dos melhores países do mundo. Melhoramos imenso nas plataformas de informação que temos. Somos dos países que reportam diariamente e com transparência, que admite as discrepâncias, que diz quando tem algum erro e o corrige. Reportamos todos os dias internacionalmente. Já temos sido elogiados por esse reporte regular porque mandamos para a União Europeia e para a Organização Mundial de Saúde", disse a diretora-geral.
Já a ministra da Saúde, ao responder a uma pergunta sobre as chamadas reuniões do Infarmed, tema que esta semana gerou polémica porque alguns partidos políticos criticaram o fim dessas sessões, Marta Temido procurou sublinhar "o compromisso do Ministério da Saúde de manutenção da disponibilidade de informação".
"A opção pelo não agendamento de uma data concreta para a próxima reunião surgiu da necessidade de completar alguns trabalhos durante algum tempo e o que faremos é a disponibilização dessa informação (...). E o Governo tem enviado e disponibilizado relatórios à Assembleia da República", recordou a governante.
Marta Temido também avançou que serão disponibilizados novos relatórios com informação da evolução da epidemia, fatores de risco e evolução nos outros países nos canais digitais do Ministério da Saúde e da DGS, nomeadamente 'sites' Covid-19 e do Serviço Nacional de Saúde.
No final da décima reunião do Infarmed, que decorreu na quarta-feira, o Presidente da República deu por terminadas estas sessões com especialistas e políticos, pelo menos para já, e defendeu que este foi um exercício de transparência sem paralelo que valeu a pena.
Esta decisão foi criticada pelos partidos e, mais tarde, o primeiro-ministro afirmou que as reuniões com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, vão continuar, mas não foi marcada a seguinte porque a situação pandémica no país está estabilizada e não há informação relevante nova para partilhar.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 555 mil mortos, incluindo 1.646 em Portugal.
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