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Dois milhões têm miomas uterinos

Especialistas alertam para a falta de exame de diagnóstico nas consultas do Serviço Nacional de Saúde.

19 de maio de 2014 às 16:56

Na maioria dos casos não há sintomas. A mulher só descobre que tem miomas uterinos - os tumores benignos mais comuns no aparelho genital feminino - numa consulta de rotina no ginecologista, em que normalmente faz uma ecografia. Contudo, os especialistas alertam para o facto de este exame de diagnóstico não constar das consultas de planeamento familiar do Serviço Nacional de Saúde.

"Estima-se que o problema afete cerca de dois milhões de portuguesas. No entanto, há mulheres que não estão diagnosticadas porque não têm, por exemplo, recursos para ir a uma consulta no privado. A incidência é seguramente superior", diz ao CM a ginecologista Margarida Silvestre.

Além de outros sintomas, como hemorragias ou anemia, os miomas uterinos podem causar infertilidade. Contudo, o novo tratamento de acetato de ulipristal, no mercado desde agosto de 2012 e comparticipado desde 1 de maio deste ano, mostrou ser eficaz, segundo os últimos estudos apresentados. "O medicamento melhora as condições para uma futura cirurgia ao reduzir as perdas de sangue, mas também reduz os tumores e pode eliminar a hipótese de cirurgia. Acontece que depois do tratamento de três meses, os tumores estão muito mais pequenos e as mulheres conseguem engravidar sem problemas", explica a médica.

Os miomas têm tendência a diminuir quando se entra na menopausa. "É uma espécie de cura para travar o crescimento dos tumores, que crescem com o aumento dos níveis de hormonas durante a gravidez. Contudo, este remédio inibe essa ação", explica a médica.

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