No documento é referido também que 47% passam mais de uma hora por dia em frente a dispositivos eletrónicos e 8% excedem as três horas diárias".
Um estudo sobre saúde e bem-estar infantil no concelho de Évora, hoje divulgado, concluiu que as crianças comem poucos legumes, não brincam o suficiente e passam demasiado tempo a olhar para écrans.
Desenvolvido pela Universidade de Évora, em colaboração com a Nova Medical School, em Lisboa, o estudo integra o projeto Run Up, que pretende analisar a saúde das crianças no Alentejo e promover-lhes mudanças positivas.
Num comunicado, a UE explicou que "foram recrutadas 1.322 crianças dos quatro agrupamentos de escolas de Évora" para integrarem este estudo, "das quais 845 aceitaram participar".
De acordo com a universidade, além de questionários preenchidos pelos pais / encarregados de educação sobre hábitos de atividade física, sono, tempo de ecrã, alimentação e indicadores de saúde mental, foram ainda realizadas medições antropométricas e testes de competência motora em contexto escolar.
Nesse sentido, a UÉ concluiu que a prevalência de excesso de peso e obesidade, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde, "foi de 32%".
No que respeita à alimentação, 38,7% das crianças consomem 'snacks' doces e salgados, como bolos, chocolates ou batatas fritas de pacote, "quatro ou mais vezes por semana", e 18,6% ingerem refrigerantes ou sumos açucarados com igual frequência.
"Além disso, 57,5% consomem hortícolas de folha apenas três ou menos vezes por semana. Relativamente à atividade física, 63% das crianças não cumprem as duas horas diárias de brincadeira ativa recomendadas pela Academia Americana de Pediatria durante a semana e 23% não o fazem ao fim de semana", lê-se no comunicado.
No documento é referido que 18% dos inquiridos dorme menos do que as nove a 12 horas recomendadas nos dias úteis e 9% durante o fim de semana.
"No que diz respeito ao tempo de ecrã, 47% passam mais de uma hora por dia em frente a dispositivos eletrónicos e 8% excedem as três horas diárias", lê-se ainda no documento.
Segundo o estudo, a competência motora média "situou-se no percentil 50" e, no domínio da saúde mental, hiperatividade e problemas emocionais foram as "dificuldades mais prevalentes".
"Os resultados do Run Up indicam que estilos de vida pouco saudáveis estão fortemente associados a níveis mais baixos de competência motora. Crianças com menor competência motora apresentaram peso, percentil de índice de massa corporal e perímetro da cintura significativamente mais elevados", alertam.
Citada no documento, a investigadora principal do Run Up e docente do departamento de desporto e saúde da UÉ, Gabriela Almeida, considera que os resultados do estudo oferecem uma "fotografia" detalhada da saúde das crianças, "permitindo compreender" os principais desafios que enfrentam no futuro.
Este estudo foi financiado pelo Comprehensive Health Research Centre (CHRC), por fundos nacionais através da Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do projeto UIDB/04923/2020.
O projeto Run Up formalizou ainda protocolos de parceria entre a Câmara de Évora e Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.
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