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FNAM anuncia concentrações em Viana do Castelo, Porto e Lisboa em dia de greve geral

Federação recorda que participa na greve por considerar que a proposta de reforma da legislação laboral do Governo "representa um retrocesso profundo para o Serviço Nacional de Saúde.

10 de dezembro de 2025 às 12:49

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) anunciou esta quarta-feira a realização de concentrações em Viana do Castelo, Porto e Lisboa na quinta-feira, dia de greve geral, na qual reafirmou participar.

"Durante o dia de greve, terão lugar concentrações de médicos em Viana do Castelo, Porto e Lisboa, onde serão denunciados os problemas estruturais que afetam o SNS [Serviço Nacional de Saúde] e a oposição firme à perda de direitos e aos retrocessos laborais impostos aos médicos", indica a federação sindical em comunicado.

A Fnam recorda que participa na greve por considerar que a proposta de reforma da legislação laboral do Governo "representa um retrocesso profundo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), para os médicos e para todos os que nele trabalham", abrindo caminho "à precarização dos vínculos, à desregulação dos horários, à imposição de bancos de horas (...) e à fragilização de direitos essenciais, incluindo parentalidade, amamentação, contratação coletiva, liberdade sindical e o direito à greve".

A estrutura sindical insiste no comunicado que "o pacote laboral agrava um SNS já fragilizado" e adianta que "como sempre, serão cumpridos na quinta-feira de modo rigoroso os serviços mínimos legislados para os médicos: os mesmos que cada instituição garante durante 24 horas aos domingos e feriados".

"(...) reafirmamos, de forma inequívoca: os médicos não vão aceitar a destruição do SNS nem a redução dos seus direitos --- a Fnam tem soluções sólidas para fixar médicos no serviço público, e o governo tem obrigação de as executar", adianta a Fnam no comunicado.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e a União Geral de Trabalhadores (UGT) decidiram convocar uma greve geral para quinta-feira, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral apresentado pelo Governo, que consideram ser um ataque aos direitos dos trabalhadores.

Esta será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da 'troika'.

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