Politécnico adiantou que "o processo, a partir de agora, seguirá os inerentes procedimentos legais, na instância devida, nomeadamente no âmbito do MP".
Funcionário do Politécnico de Leiria despedido após irregularidades em bolsas Erasmus
Um funcionário do Politécnico de Leiria foi despedido na sequência da deteção de irregularidades na atribuição de bolsas Erasmus na Escola Superior de Tecnologia do Mar, em Peniche, revelou esta sexta-feira à agência Lusa fonte do instituto.
"No âmbito do processo legalmente aplicável, instaurado na sequência da deteção de irregularidades na atribuição de bolsas Erasmus na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria, informamos que, do ponto de vista procedimental, foram desenvolvidos todos os trâmites e adotadas todas as diligências subsequentes, encontrando-se o processo interno concluído, com aplicação de sanção efetiva de despedimento do trabalho em funções públicas", referiu a mesma fonte.
O Politécnico adiantou que "o processo, a partir de agora, seguirá os inerentes procedimentos legais, na instância devida, nomeadamente no âmbito do Ministério Público (MP)".
Em fevereiro, a agência Lusa noticiou que o Politécnico de Leiria estava a investigar alegadas irregularidades na atribuição de bolsas do programa Erasmus naquela escola.
Na ocasião, o presidente do Politécnico, Carlos Rabadão, afirmou que "foi detetada uma irregularidade na atribuição de bolsas de mobilidade [programa Erasmus], no verão passado", tendo a situação sido descoberta num "procedimento de rotina dos serviços financeiros".
"Andamos numa fase de sistematização, alteração dos procedimentos e numa situação de rotina, de procedimento, detetou-se que havia qualquer coisa que não estava a bater certo e analisámos, nomeámos uma comissão de investigação interna, que está a fazer o trabalho", explicou Carlos Rabadão.
Este responsável adiantou que as suspeitas foram comunicadas ao MP na mesma altura, sendo que a pessoa envolvida nesse procedimento que suscitou dúvidas "foi afastada de funções".
Ainda segundo o presidente do Politécnico de Leiria, o que desencadeou este processo "foi uma irregularidade relacionada com um pagamento que não foi confirmado por uma estudante na altura", pelo que o Instituto estava a auditar "todos os processos de mobilidade que se verificaram nos últimos 10 anos".
Questionado sobre o valor das alegadas irregularidades, o presidente do Politécnico de Leiria alegou então que a comissão interna ainda não tinha terminado o trabalho.
A Lusa insistiu esta sexta-feira com a mesma questão, mas não obteve resposta.
Também em fevereiro, a Lusa questionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre este caso, que confirmou "a receção de denúncia do Instituto Politécnico de Leiria".
"A mesma deu origem a um inquérito que se encontra em investigação e está sujeito a segredo de justiça", informou a PGR.
O Politécnico de Leiria tem cinco escolas superiores (três em Leiria, uma nas Caldas da Rainha e outra em Peniche), além de núcleos de formação e unidades de investigação.
A sua comunidade académica é constituída por mais de 15.500 pessoas: 14.000 estudantes e cerca de 1.650 professores, investigadores, técnicos e administrativos.
No total, está presente em oito cidades da região de Leiria e do Oeste.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.