Em causa está o concurso para a Comboios de Portugal comprar 117 unidades automotoras elétricas.
O caderno de encargos para a compra de comboios para a CP pretende que os concorrentes "percebam" que vão ter que fazer uma grande parte do trabalho em Portugal e com empresas portuguesas, disse o ministro das Infraestruturas e Habitação.
Num discurso que marcou o lançamento do Centro de Competências Ferroviário (CCF), em Guifões, Matosinhos, Pedro Nuno Santos começou por dizer que há "uma legislação europeia muito desafiante", que quase parece existir "para garantir a divisão do trabalho que existe se mantenha", ou seja, com o turismo, têxtil, calçado e outros a serem realizados em Portugal, enquanto "comboios e aviões são os alemães e franceses", criticou.
"Qualquer coisa que possamos colocar no caderno de encargos pode ser usado para o impugnar", admitiu, indicando que as regras "são muito difíceis" nesta matéria.
"O que estivemos a fazer foi, dentro da lei europeia, explorar todas as possibilidades para que quem queira vender a Portugal saiba que tem de fazer alguma coisa cá. Não podemos garantir que isso vá acontecer, mas sim que as condições estão criadas para que os concorrentes percebam que, para poder vender a Portugal, têm de fazer cá" uma parte dos trabalhos, sublinhou.
Em causa está o concurso para a CP - Comboios de Portugal comprar 117 unidades automotoras elétricas, das quais 62 para serviços urbanos e 55 para serviços regionais.
O Conselho de Ministros autorizou um gasto até 819 milhões de euros, mais IVA, para a compra dos 117 comboios e determinou ainda que a CP pode incluir nos documentos de concurso o direito de opção de aquisição de até 36 unidades adicionais para os serviços urbanos.
"Espero que o concurso seja lançado em breve", disse esta quarta-feira Pedro Nuno Santos, sem avançar datas concretss, salientando, no entanto, que o objetivo é que "o caderno de encargos garanta, e que [os concorrentes] percebam que para vender comboios a Portugal vão ter que fazer uma grande parte cá e com empresas portuguesas".
"Temos o direito, ambição e a capacidade de produzir cá, temos do melhor que há no mundo", salientou ainda.
O ministro acredita ainda que estes construtores terão "a capacidade de se estabelecer para fornecer Portugal, mas também usar Portugal como base para exportar para todo o mundo".
"Se conseguirmos que as nossas empresas ganhem competências na indústria, (...) amanhã vamos ter empresas portuguesas que não fazem um comboio, mas vão ser fornecedores dos construtores de comboios", salientou Pedro Nuno Santos.
O ministro defendeu que se o país vai "investir na ferrovia", que seja Portugal a beneficiar" do investimento.
"Esta é a outra característica deste país", ironizou, dizendo que Portugal é "ótimos a importar", e salientando que para "sair da cepa torta" é preciso "produzir e vender cá dentro" e depois começar a vender ao estrangeiro.
O governante esteve na apresentação do CCF, que vai dar formação, incubar empresas e trabalhar em investigação no setor ferroviário e que deverá arrancar em 2022.
ALYN (VP) // MSF
Lusa/Fim
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.