Empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.
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O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) anunciou que a greve de dois dias dos tripulantes de cabine da companhia aérea Ryanair, que terminou esta quinta-feira, teve uma adesão de 70% em Portugal.
Em comunicado, o SNPVAC refere que na quarta-feira foram cancelados 30 dos 51 voos com descolagem prevista das quatro bases operacionais que a transportadora de voos de baixo custo irlandesa utiliza em Portugal - aeroportos de Lisboa, Faro, Porto e Ponta Delgada.
Em relação a esta quinta-feira, o sindicato sublinha que a "percentagem de adesão à greve manteve-se nos mesmos níveis" de quarta-feira.
Segundo o comunicado, esta quinta, em Lisboa, foram cancelados seis dos dez voos planeados, em Faro houve nove voos cancelados em 15 planeados e no Porto 13 voos foram cancelados em 22 planeados.
O SNPVAC acrescenta que os dois dias de greve "tiveram um enorme impacto a nível europeu", pois, além de Portugal, esta paralisação afetou Espanha, Bélgica e Itália (apenas na quarta-feira).
Nestes países a adesão à greve "foi igual" nos dois dias.
Em Itália, país onde a Ryanair opera a partir de 16 aeroportos, houve 159 voos cancelados, representando uma adesão de 75%, indica a nota, salientando ter havido serviços mínimos decretados pelo Governo italiano.
Em Espanha, país no qual a companhia aérea tem 13 bases operacionais, "existiram serviços mínimos impostos pelo Governo espanhol, o que correspondeu a 194 voos efetuados". O sindicato esclarece que à exceção desses voos, os restantes, 204, foram todos cancelados.
Segundo dados do SNPVAC, na Bélgica, país onde a companhia opera a partir de dois aeroportos, não existiram serviços mínimos. No aeroporto de Bruxelas a taxa de adesão foi de 90% (cancelados 10 em 11 voos programados) e no aeroporto de Charleroi a adesão à greve foi de 70% (cancelados 26 voos em 39 programados).
"Foi um acontecimento histórico a nível de união entre sindicatos e trabalhadores de vários países. A transversalidade dos motivos é óbvia e a paralisação tornou-se a única forma de os tripulantes fazerem com que se olhasse para a sua realidade e para as arbitrariedades a que estão permanentemente sujeitos", justifica o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil.
O sindicato diz que os tripulantes de cabine "continuam disponíveis para o diálogo e na disposição de encontrar caminhos e soluções", mas avisam que a luta é para continuar.
"Os tripulantes não desistiram, nem vão desistir da sua luta; os tripulantes deixaram de ter medo das retaliações com que a Ryanair permanentemente os ameaça; os tripulantes permanecem unidos e mais países se juntarão a esta união; os tripulantes negam-se a deixar-se enganar e sofrer deste 'bullying' laboral por mais tempo", frisa o comunicado.
A Ryanair tem estado envolvida, em Portugal, numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no período da Páscoa.
A empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.
A decisão de partir para a greve europeia foi tomada em 05 de julho numa reunião, em Bruxelas, entre vários sindicatos europeus para exigirem que a companhia de baixo custo aplique as leis nacionais laborais e não as do seu país de origem, a Irlanda.
Com a greve, os trabalhadores querem exigir que a transportadora irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.
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