Dispositivo criado pela equipa da FEUP assemelha-se a uma asa e permite captar vento a altas altitudes, contrariamente às tradicionais turbinas eólicas.
Um grupo de investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) desenvolveu um dispositivo aéreo que, ligado a uma estação terrestre por cabo, pretende ser uma alternativa ecológica na produção de energia eólica, foi revelado esta quinta-feira.
Em declarações à agência Lusa, o investigador do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da FEUP, Fernando Fontes, esclareceu que o dispositivo, intitulado UPWIND, tem vindo a ser desenvolvido desde 2017.
O dispositivo desenvolvido pela equipa da FEUP assemelha-se a uma asa e permite captar vento a altas altitudes, contrariamente às tradicionais turbinas eólicas.
"O vento a grandes altitudes tem mais velocidade comparativamente ao vento próximo ao solo e é mais estável e consistente", esclareceu o investigador, salientando que a solução desenvolvida é uma "alternativa económica e ecológica" às turbinas, pois permite a extração a grandes altitudes sem aumentar os custos de produção.
A tecnologia está ligada a uma estação terrestre através de um cabo de grandes dimensões, sendo a sua estrutura "relativamente leve e pequena".
À Lusa, Fernando Fontes explicou que o protótipo desenvolvido tem cerca de 30 quilogramas (kg), sendo que a asa tem cerca de um quilograma (kg).
"Temos um protótipo funcional em ambiente controlo e queremos testar intensivamente este protótipo", afirmou.
A equipa da FEUP, composta por oito investigadores principais e 16 colaboradores, está, neste momento, a considerar vários locais para testar o protótipo.
Depois de terem recebido financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para se dedicarem às metodologias para levantar e aterrar os dispositivos de forma automática, a equipa da FEUP recebeu financiamento, também da FCT, para estudar a possibilidade de instalar estes dispositivos em parques eólicos.
"Aqui o problema é diferente das turbinas, colocam-se questões relacionadas com as colisões entre as asas e os cabos. A questão passa por perceber como podemos dispor estes dispositivos numa dada área de modo a aproveitar o máximo de vento", acrescentou.
Segundo Fernando Fonte, a equipa quer tornar o produto "mais robusto", sendo que para isso terá de testar o dispositivo em diferentes condições de vento e por longos períodos de tempo.
O objetivo futuro é escalar a solução em termos de potência, desenvolvendo um protótipo de cinco KWatts e 30 KWatts.
Neste momento, o grupo de investigação tem em curso três pedidos de patente, um nacional e dois europeus.
A UPWIND ficou em primeiro lugar na final nacional do ClimateLaunchPad, competição organizada pela UPTEC, Ordem dos Engenheiros e Fórum Oceano, e vai representar Portugal na final regional da competição.
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