Reumatologista afirma que "chegou o momento" de abraçar "este exigente desafio, apoiado por um largo número de médicos".
O reumatologista e professor catedrático Jaime Branco anunciou esta segunda-feira que vai candidatar-se a bastonário da Ordem dos Médicos nas eleições em janeiro, após o repto lançado por colegas preocupados com "a crescente deterioração" do Serviço Nacional de Saúde.
Médico do SNS desde a sua criação, há quase 43 anos, e depois de oito anos a dirigir a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, cargo que deixou há alguns meses, Jaime Branco afirma, numa nota enviada à agência Lusa, que "chegou o momento" de abraçar "este exigente desafio, apoiado por um largo número de médicos".
Na nota, em que expõe os motivos da sua candidatura, explica que a sua candidatura se opõe "à atual lógica e prática imobilistas, que têm dificultado a tão necessária e urgente renovação da Ordem dos Médicos (OM)".
Jaime Branco refere que "muitos têm sido os colegas" que lhe têm manifestado "o seu descontentamento perante a progressiva perda de liderança dos médicos nos serviços de saúde e a sua legítima preocupação com a crescente deterioração do Serviço Nacional de Saúde".
Lamenta que o trabalho dos médicos seja "cada vez menos respeitado" e afirma: "O enorme esforço que nós, médicos, fazemos para compensar as falhas do "sistema" não é reconhecido e o futuro, particularmente dos mais jovens, não tem um rumo bem definido".
Foi por se rever nestas preocupações e na "tão desejada mudança", que decidiu aceitar o repto que lhe foi lançado para ser candidato a bastonário da OM nas próximas eleições de janeiro de 2023.
"Eu e a equipa que me acompanha temos um só propósito: imprimir um novo ciclo à Ordem dos Médicos. Só assim poderemos enfrentar com sucesso as nossas legítimas inquietações, devolvendo à Medicina e aos médicos um protagonismo respeitado pelos governos, reconhecido pela sociedade e que garanta, aos nossos doentes, a observância dos princípios do profissionalismo médico", salienta.
No seu entender, "perante este cenário tão crítico, a classe tem de agir" e "acima de tudo" tem de exigir uma nova OM "mais afirmativa" na defesa de todos e da liderança médica e "mais eficaz na gestão das competências que lhe estão delegadas".
Defende também uma ordem "independente e transparente na sua relação com os poderes, político ou outros" e que seja "o garante credível das boas práticas clínicas e dos valores que definem a Ética Hipocrática, a que todos os médicos estão obrigados e para a qual a definição, sempre adiada, do Ato Médico, é essencial".
O médico sublinha que o seu trajeto pessoal e profissional, em que se inscreve "uma carreira clínica, docente, dirigente e de gestão sempre sujeita a avaliações e com lideranças altamente responsáveis", fundamenta a sua "firme convicção" de que reúne "o conhecimento e as qualidades para poder não só fazer parte desta mudança, como para a liderar".
"Parto de uma posição independente, sem qualquer vínculo ideológico ou amarra organizacional. Partilho apenas, certamente como a generalidade dos colegas, os princípios e valores com que idealizámos um futuro ilustre para a Medicina portuguesa", salienta, acrescentando que o programa de ação da sua candidatura "está total e permanentemente aberto para integrar os contributos de todos os colegas".
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