Só um terço das crianças voltou ao Pré-Escolar. Diretores dizem que pais não arriscam e ano escolar está no fim.
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Dois meses e meio depois do encerramento, a educação Pré-Escolar, para crianças dos 3 aos 6 anos, voltou esta segunda-feira a abrir portas. A maioria dos pais terá contudo optado por manter os seus filhos em casa, garantem os diretores de escolas.
"A Federação Nacional dos Professores apontava para metade, mas é muito menos. Recebi informações de escolas onde a afluência andou entre 15 e 26 por cento. Numa estimativa otimista, talvez um terço das crianças tenha voltado", disse ao CM Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).
"As escolas e as autarquias prepararam tudo, mas estamos a quatro semanas do fim do ano letivo e muitas famílias optaram por manter as soluções a que tinham vindo a recorrer", acrescentou o dirigente.
A Creche/Jardim de Infância de Santo Amaro, em Lisboa, uma IPSS, espelha a realidade nacional - das cerca de 30 crianças inscritas compareceram ontem uma dezena.
"Há pais que continuam sem trabalhar e estão em casa, mas aqui temos as condições de segurança todas reunidas", garante Cristina Vaz, coordenadora pedagógica desta IPSS. Em Faro, na EB/JI da Lejana, com capacidade para 45 crianças em regime de Pré-Escolar, estava previsto que, pelo menos, 15 alunos regressassem.
"Alguns pais preferiram ficar com os filhos em casa, mas daqui a uns dias estou convencido que exista uma afluência maior de crianças", referiu ao CM Francisco Soares, diretor do Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosa. Entre as normas implementadas destaca a "higienização rigorosa ou a substituição do calçado quando se entra na escola". Nesta escola algarvia a principal dúvida é a falta de realização de testes de diagnóstico a todos os funcionários.
"Temos alguma preocupação porque não foram realizados testes a estes funcionários de educação, ao contrário do que aconteceu com as creches", revelou ao CM Ana Simões, do Sindicato de Professores da Zona Sul, que apesar de tudo considera que as condições exigidas pelo Governo "estão garantidas", em termos de uso de máscaras e de distanciamentos.
Pormenores
Mais 2200 vagas
O Governo anunciou a abertura de mais 2200 vagas para crianças da educação Pré-Escolar no próximo ano letivo. Segundo o Ministério da Educação, vão abrir 88 novas salas na rede pública, que cobre um pouco mais de metade do total de vagas do Pré-Escolar.
Tempo de permanência
A Fenprof denunciou que alguns jardins de infância não estão a cumprir as normas de segurança. Sem identificar os estabelecimentos, a Fenprof garantiu que foi duplicado o período de permanência das crianças na escola, com acompanhamento por educadoras de infância diferentes.
Máscaras não entregues
O primeiro-ministro, António Costa, garantiu que seriam entregues equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, a todos os profissionais das escolas, mas a Fenprof denunciou ontem, em comunicado, que a promessa não foi cumprida, sem contudo identificar as escolas.
Ministro garante rigor
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, garantiu que "todas as escolas do nosso país prepararam-se de forma muito criteriosa, com muita ponderação, com muito rigor".
Mais de metade das crianças do Fundão não voltaram esta segunda-feira ao jardim de infância
Mais de metade das crianças que frequentam o Ensino Pré-Escolar do Fundão não regressaram ontem ao respetivo jardim de infância.
"Ainda há algum receio por parte dos encarregados de educação em relação ao surto de Covid-19. Há muitos pais que estão em teletrabalho e optam por manter os filhos perto de si", explica Isabel Santareno, responsável do Departamento Pré-Escolar do Agrupamento Gardunha e Xisto.
"Estamos a seguir as indicações da DGS no que toca a medidas de higienização e distanciamento social", adianta a responsável.
Esperadas 30 crianças em Macedo de Cavaleiros
O Polo 1 do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros reabriu ontem. Eram esperadas cerca de três dezenas de crianças do Pré-Escolar nesta primeira fase.
O calçado é trocado à entrada e as mãos das crianças higienizadas.
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