Foram realizadas menos sete milhões de consultas presenciais, médicas e de enfermagem, nos centros de saúde do País, entre janeiro e julho, face ao mesmo período de 2019.
A análise da atividade nos primeiros sete meses do ano, apresentada esta terça-feura pela Ordem dos Médicos e Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, revela que a maior fatia corresponde a consultas médicas: 4,6 milhões de contactos presenciais ficaram por fazer nos cuidados de saúde primários. No que respeita à enfermagem registam-se menos 2,3 milhões de consultas.
Já nos hospitais, os dados apontam para uma quebra de 998 mil nas consultas externas. Realizaram-se ainda menos 99 mil cirurgias (-24%), comparativamente com os primeiros sete meses do ano passado. A queda é maior quanto ao número de episódios de urgência: menos 990 mil (-27%). A maior redução, na ordem dos 500 mil episódios, sentiu-se entre os doentes a dar entrada nos serviços de Urgência em estado mais grave, triados com pulseiras amarela, laranja e vermelha.
Quebra de 16,8 milhões nos diagnósticos Para o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, estes “são números preocupantes” porque “não há um verdadeiro plano para a retoma da normalidade”.