População apela à atuação do Governo para travar o consumo e tráfico de droga que "ficou insustentável".
Moradores da zona dos bairros da Pasteleira e Pinheiro Torres, no Porto, afetada pela toxicodependência, afirmaram esta sexta-feira acreditar que a cooperação entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e várias entidades permitirá "restaurar e restabelecer a segurança" naquele território.
"Saímos hoje daqui [Ministério da Administração Interna] não plenamente felizes, porque a solução tardará, mas acreditamos que pode ser mais célere", afirmou uma representante dos moradores que, por motivos de segurança, preferiu manter o anonimato.
As associações de moradores do Bairro dos Músicos, do Bairro Marechal Gomes da Costa e do Bairro das Condominhas reuniram esta sexta-feira com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, para discutir o problema da insegurança relacionada com o consumo e tráfico de droga nas proximidades dos bairros da Pasteleira e Pinheiro Torres.
À Lusa, a representante afirmou que a reunião "correu bem" e que as preocupações dos moradores foram "ouvidas".
"O MAI compreende as nossas preocupações e está do nosso lado, no sentido de ajudar a encontrar soluções efetivas para o problema da segurança", afirmou, notando que também a Polícia de Segurança Pública (PSP) está, juntamente com os moradores, "nesta missão".
"Todos juntos podemos fazer a diferença para restaurar e restabelecer a segurança, paz e salubridade do nosso espaço público", assegurou.
Na reunião, foram abordadas algumas das medidas a implementar de futuro para tentar mitigar a insegurança sentida naquela zona, esclareceu a moradora, dando como exemplo o "reforço de efetivos da PSP", o "reforço da colaboração entre a PSP e a Polícia Municipal do Porto" e a realização de "reuniões periódicas" entre a PSP, Polícia Judiciária, Polícia Municipal, MAI, Câmara do Porto e União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos.
"Provavelmente haverá a retoma de uma medida que já existia antes da pandemia mas que foi interrompida, que são os contratos locais de segurança, isto é, uma abordagem mais incisiva no local em questão e que envolve várias entidades", afirmou, acrescentando que outros ministérios "vão ser chamados a intervir", designadamente o da Saúde, o da Segurança Social e o da Justiça.
"Todos têm alguma coisa a dizer e, certamente, a fazer, porque esta não é só uma responsabilidade do MAI e da PSP", observou, notando que o consumo e tráfico de droga é "um problema amplamente complexo" que abrange "várias entidades".
"Com toda esta pressão, acho que as entidades estão a perceber que, além de trabalharmos todos juntos, temos de trabalhar desde já para que não passe mais tempo e não haja mais prejuízos nem de um lado, nem do outro", disse, referindo-se aos moradores, mas também aos toxicodependentes.
À Lusa, a representante adiantou que as três associações, juntamente com a associação Jardim do Fluvial Sem Drogas (que não esteve no encontro), vão reunir-se agora com outros ministérios.
"O próximo passo será esse", garantiu.
Em 02 de fevereiro, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, instou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a assumir "competências" para resolver o problema do consumo e tráfico de estupefacientes na cidade, e "não esconder debaixo do tapete" esta matéria.
"Por mim é fácil, se o ministro da Administração Interna tiver uma varinha mágica para resolver o problema, ele que resolva porque a competência é dele. A competência é do senhor ministro. Enquanto ele não assumir essa competência, porque não tem sabido assumir, nós faremos o que está ao nosso alcance", afirmou Rui Moreira, depois de um encontro com moradores de zonas afetadas pelo consumo e tráfico de droga na via pública.
Depois do encontro, também os moradores apelaram à atuação do Governo para travar o consumo e tráfico de droga naquela zona da cidade que, asseguraram, "ficou insustentável".
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