Inês de Sousa Real visitou o local e pôde constatar a "falta de condições" do espaço, agora totalmente destruído.
A porta-voz do PAN disse esta quinta-feira, no Algarve, que o veterinário municipal de Vila Real de Santo António sabia da existência do abrigo ilegal onde morreram 14 animais devido ao incêndio de Castro Marim.
Inês de Sousa Real visitou esta quinta-feira Castro Marim e Vila Real de Santo António, dois dos concelhos que, com Tavira, foram atingidos pelo incêndio que se iniciou na segunda-feira de madrugada e só foi dominado na terça-feira, cerca das 16h00.
A líder do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) esteve na zona do abrigo onde morreram os animais, na localidade de Santa Rita, onde pôde constatar a "falta de condições" do espaço, agora totalmente destruído.
"Nós temos conhecimento de que, desde 2018, este abrigo tinha sido denunciado, inclusivamente ao veterinário municipal [de Vila Real de Santo António], pelas associações de proteção animal. A mesma denunciada tinha três abrigos, dois deles foram desmantelados, um em Castro Marim e outro em Tavira, e faltava desmantelar o de Vila Real de Santo António" onde acabaram por morrer os animais carbonizados, assegurou a porta-voz do PAN.
A dirigente do partido fez estas declarações ao ser confrontada pela agência Lusa com a posição da autarquia de Vila Real de Santo António sobre a morte dos animais, depois de o presidente da Câmara, Luís Romão, ter garantido que "não havia conhecimento" desse espaço no município.
Inês de Sousa Real considerou que há uma "dimensão que não se pode descurar", porque as "câmara municipais não têm feito o seu trabalho de casa no que respeita à proteção animal", e classificou como "fundamental" as autarquias terem "um centro de recolha oficial" e "políticas de esterilização e combate ao abandono".
A porta-voz do PAN pediu às autoridades locais trabalho para "legalizar" os abrigos quando estão ilegais e para a "inclusão nos planos de proteção civil da vertente animal", com "uma estratégia de animais errantes em que exista uma base de dados que permita identificar e registar todos os abrigos, sejam legais ou ilegais".
"Se não conseguirmos salvaguardar estas várias dimensões, dificilmente vamos conseguir dar resposta quando temos um grande incêndio, para garantir que os animais são salvos", argumentou, frisando a necessidade de a proteção animal passar a ser uma vertente da proteção civil municipal.
A dirigente partidária pediu também que seja ultrapassada a "inércia" de entidades como a Direção Geral de Veterinária, por considerar que, "no século XXI", já "não se pode ter animais a morrerem carbonizados".
Antes, Inês de Sousa Real esteve reunida com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, Nuno Pereira, para "perceber a dimensão" do incêndio que afetou o concelho e os municípios de Castro Marim e Tavira e "as dificuldades que os bombeiros" estão a "sentir no terreno".
A porta-voz do PAN defendeu uma "valorização dos bombeiros", mas sublinhou que esta deve ser equacionada e trabalhada "ao longo de todo o ano" e "não só quando há os grandes incêndios".
"Há de facto aqui um trabalho a fazer, quer do ponto de vista do poder local, quer da Assembleia da República, para garantir esta valorização e que são dotados dos meios necessários para a sua atuação", acrescentou a porta-voz do PAN.
A mesma fonte agradeceu ainda o trabalho realizado pelos bombeiros e destacou que, depois de combaterem o fogo em Castro Marim, muitos deles foram redirecionados para Monchique, concelho ao qual alastrou o incêndio que deflagrou na quarta-feira em Odemira, no distrito de Beja.
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