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Portugal avança para a quarta fase do desconfinamento dois dias mais cedo

País entra este sábado em Estado de Calamidade. Há sete concelhos que ficam para trás na última fase de reabertura.

30 de abril de 2021 às 01:30

Portugal vai avançar já amanhã para a quarta e última fase do plano de desconfinamento. Com a passagem do estado de emergência ao estado de calamidade, as medidas foram antecipadas dois dias face ao inicialmente previsto.

Assim, passa a ser possível almoçar e jantar fora, com os restaurantes a funcionar até às 22h30 todos os dias, embora com restrições na lotação das mesas. O mesmo horário passa a aplicar-se às salas de espetáculo. O comércio passa a fechar às 21h00 horas durante a semana e às 19h00 aos fins de semana. Com as novas regras, torna-se possível comprar bebidas alcoólicas até ao fecho dos súper e hipermercados – embora o consumo na rua continue proibido e tenha de ser feito, nos restaurantes, associado a uma refeição depois da hora limite.

Apesar da evolução positiva dos números da pandemia, o primeiro-ministro, António Costa, avisou que tal "não significa que o País possa considerar a situação ultrapassada". A nova leva de medidas vai aplicar-se a 270 dos 278 concelhos do continente.

Já Miranda do Douro, Paredes, Valongo, Portimão e Carregal do Sal mantêm-se exatamente como estão. Por sua vez, Aljezur e Resende recuam no desconfinamento. Devido ao impacto do trabalho temporário nas estufas do litoral alentejano, com população migrante, há ainda duas freguesias do concelho de Odemira – São Teotónio e Longueira/Almograve – a serem alvo de cercas sanitárias, enquanto as restantes avançam com a generalidade do País.

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Portugal avança para a quarta fase do desconfinamento dois dias mais cedo

A partir de agora, a avaliação do nível de risco passa a ser feita semanalmente, para permitir controlar melhor a evolução concelho a concelho. O Governo já identificou 27 municípios que, com uma taxa de incidência superior a 120 casos por 100 mil habitantes, correm o risco de dar um passo atrás já na próxima semana. "Receio que muitos destes 27 concelhos estejam a recuar", admitiu Costa.

"Nada está adquirido para o futuro. Esta é uma luta diária que temos de continuar a travar", apelou ainda.

Plano após maio

O Governo pediu a dois especialistas que tracem as regras de convivência para o País após o final de maio, altura em que se espera ter todos os cidadãos com mais de 60 anos vacinados.

Máscara até ao verão

O primeiro-ministro garantiu esta quinta-feira que, apesar do plano para o período após maio, é praticamente certo o uso de máscara na rua "até atingirmos o grau de imunização de grupo no final do verão".

Quarentena obrigatória

Apesar da reabertura da fronteira terrestre, vai continuar a ser obrigatória a quarentena para quem venha do Brasil, África do Sul e Índia, países na origem de estirpes mais perigosas.

Matriz de risco dá conforto para seguir

Portugal registava 66,5 novos casos de infeção por cada 100 mil habitantes a 14 dias, muito abaixo da linha vermelha. Já o índice de transmissibilidade ficou no 1, a barreira traçada pelo Governo.

Estádios vazios mas rally com público

António Costa afastou esta quinta-feira a possibilidade de regresso do público aos estádios de futebol. Já para os grandes eventos, como o Rally de Portugal, cabe à DGS definir regras específicas.

Sucesso depende dos portugueses

O Presidente da República defendeu esta quinta-feira que, no processo de desconfinamento em curso, a responsabilidade "está sobretudo nas mãos dos portugueses", pedindo disciplina para evitar passos atrás no combate à pandemia.

Online destacado na explosão de vendas

A primeira semana de desconfinamento (de 19 a 25 de abril) provocou uma explosão em termos de compras. Segundo os últimos dados da SIBS a que o CM teve acesso, a entidade que gere o sistema Multibanco, o volume de compras digitais e físicas ultrapassou mesmo o volume registado na mesma semana de 2019, quando não existia Covid-19.

Neste relatório, a SIBS não divulga números absolutos, apenas índices. As compras online estão 51% acima do normal pré-Covid. Já no comércio físico, embora o consumo esteja acima dos valores registados em 2019, ainda se encontra 5% abaixo do que foi conseguido no ano passado. Segundo a SIBS, em termos de meios de pagamento, a utilização do MB Way foi, naquele período do desconfinamento, 3,6 vezes superior à registada no período homólogo de 2019 para as compras online e 4,8 vezes superior para as compras físicas. O pequeno comércio e as mercearias são as que estão a recuperar com mais rapidez, estando ainda apenas a 25% do considerado normal.

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