Restauração elogia alargamento de horários mas está reticente na exigência de teste ou certificado aos fins de semana.
Restaurantes abertos até às 2h00. Conheça as novas regras para o setor
Apesar desta notícia, que agradou aos empresários, o setor ainda não tem motivos para respirar fundo. Ao fim de semana, que arranca às 19h00 de sexta, continua a ser necessário teste negativo ou certificado digital para fazer uma refeição no interior dos restaurantes.
A mesma exigência será exigida aos bares, que podem finalmente reabrir, com as regras dos restaurantes: os clientes terão de ficar sentados, com um máximo de seis pessoas por mesa em espaços interiores.
Só em outubro, quando se espera que 85% da população esteja totalmente vacinada, é que os bares poderão retomar o normal funcionamento, assim como as discotecas, com dança e circulação. Para entrar, será necessário apresentar teste ou certificado digital. Nesse mês, os restaurantes também deixarão de ter limitações sobre o número de pessoas à mesa.
"É um sentimento agridoce", resume Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, a associação mais representativa do setor. A grande preocupação está mesmo no ramo da animação noturna. "Perde-se mais um ano, porque a época alta vai à vida. É uma decisão que vai desviar também potenciais turistas", explica a responsável.
O primeiro-ministro explicou que o recurso ao certificado ou teste nas salas interiores dos restaurantes se deve ao "maior risco e convívio" às sextas à noite, sábados e domingos. Mas a justificação não convence o presidente da associação Pro.Var: Daniel Serra insiste que a medida promove "discriminação entre restaurantes" que têm ou não esplanada.
Daí que a associação insista numa nova e "urgente" leva de apoios a fundo perdido, com uma majoração para os negócios com perdas de 40%, precisamente para compensar o impacto das novas dinâmicas da procura.
PORMENORES
Impacto da medida
Segundo a Pro.Var, há restaurantes com perdas de 90% nas salas interiores, devido à exigência dos testes ou certificados digitais aos fins de semana.
Perdas milionárias
O setor deverá registar perdas de cinco mil milhões de euros neste ano, o que representa mais de metade do seu valor anual pré-pandemia. O fim dos apoios e as restrições duras agravaram o cenário em 2021.
Governo corrigiu
António Costa começou por anunciar que os bares só reabririam em outubro. Horas depois, o Governo viria a corrigir a informação, explicando que a reabertura destes espaços era possível, com regras apertadas.
Esperança com o fim do trabalho em casa
O setor reconhece que o fim do teletrabalho obrigatório é uma medida que poderá dinamizar a procura nos restaurantes, em especial no período de almoços e nos centros das maiores cidades.
Restrição pode subir mais a precariedade
Isabel Camarinha, da CGTP, avisa que o certificado ou teste obrigatórios na restauração poderão deixar as empresas do setor mais frágeis, contribuindo para aumentar situações de precariedade.
Mais apoios para aguentar reta final
Durante largos meses sem uma data para reabrir, as discotecas mostram-se agora mais satisfeitas. Contudo, a reabertura apenas em outubro, após a época alta, leva as associações do setor a exigir mais apoios ao Governo.
Regresso possível aos estádios
A partir de 1 de agosto, quem apresentar certificado de vacinação ou teste negativo à Covid-19 vai poder voltar a assistir aos eventos desportivos nas bancadas.
Álcool após 21h00 no retalho alimentar
A venda de álcool após as 21h00 volta a ser permitida nos súper e hipermercados. Contudo, o consumo na rua continua a ser proibido. Para "desincentivar", explicou Costa.
Plano de três fases pode ser antecipado
O plano de libertação das restrições consiste em três fases e está alinhado com a evolução da vacinação. A primeira fase dá-se no domingo, com 57% da população completamente vacinada. A segunda fase dá-se a 5 de setembro, quando essa proporção sobe para 70%. A terceira e última, em outubro, depende do facto de 85% da população estar vacinada na íntegra. Costa admite que as etapas podem ser "antecipadas" se a evolução da vacinação assim o permitir.
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