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Sem vagas nos hospitais

O número de idosos está a aumentar em Portugal e em 2050 será de quase um terço da população. As mortes em centros hospitalares já atingem valores entre os 50 e os 75 por cento, mas, ainda assim, o número de camas, tendo por base os números da Organização Mundial de Saúde (OMS), são suficientes apenas para um décimo das reais necessidades dos doentes paliativos.

06 de novembro de 2008 às 00:30

Também só um sexto dos hospitais tem equipas especializadas para este tipo de doentes. Estes foram dados avançados, ontem, em Viana doCastelo, no congresso sobre Cuidados Paliativos.

A dificuldade na referenciação dos doentes é outro dos problemas mais graves. "Os médicos não estão preparados para identificar os doentes que precisam deste tratamento. Há que mudar o paradigma do médico. Já não é quemcura,mas quem cuida", disse ao CM a coordenadora da Unidade de Cuidados Paliativos, Maria Alice Cardoso.

Este factor contribui para que, ao contrário do que a OMS afirma, em Portugal estejam referenciados 4683 e não os 60 mil que a organização internacional identificou. Mas mesmo dos doentes que não escapam à malha do sistema, 549 morrem sem ser tratados e de outros 857 perde-se o rasto. "Falta informação aos profissionais", disse a especialista Maria Inês Guerreiro.

SAIBA MAIS

FORMAR MAIS EQUIPAS

Maria Alice Cardoso defende como prioridade dotar os hospitais públicos de um maior número de equipas especializadas. Só assim, e com uma maior relação das unidades de cuidados paliativos com os serviços de Urgência, se prestará melhores cuidados.

HUMANIZAÇÃO

Os cuidados paliativos, para a especialista Maria Inês Guerreiro, devem ser sobretudo "humanizados". É necessário que os profissionais de saúde estejam mais preparados e sensíveis para identificar os sinais de dor e isso só se consegue com formação.

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