Inicialmente prevista para o verão de 2022, iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.
O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil considerou este sábado que os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que no domingo iniciam uma peregrinação por Espanha, "são um sinal motivador", no sentido de "congregar e entusiasmar os jovens".
"Esperamos que a presença dos símbolos nas várias dioceses de Espanha seja motivadora para que os jovens venham à Jornada Mundial da Juventude", que se realiza em Lisboa no verão de 2023, disse à agência Lusa o padre Filipe Diniz, na véspera da entrega, na fronteira de Vilar Formoso, da Cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani por jovens portugueses aos jovens espanhóis.
Os símbolos serão entregues, às 11:00, por dez jovens da diocese de Guarda, que faz fronteira com a diocese de Espanha que vai acolher os símbolos da JMJ, Ciudad Rodrigo, "e representam a juventude portuguesa que se prepara para celebrar, com jovens de todo o mundo, a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, em 2023 (JMJ Lisboa 2023)", informou o gabinete de comunicação da JMJ Lisboa 2023.
Os símbolos, que neste verão já estiveram em Angola e na Polónia, deixarão Espanha em 29 de outubro pela fronteira de Aiamonte, segundo o programa preparado pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
"É um momento de muita alegria termos a presença dos símbolos no nosso país vizinho, onde a relação tão próxima que tem existido é motivadora em toda esta preparação da jornada", disse o padre Filipe Diniz, convicto de que "os símbolos, estando em Espanha, vão ser também um motivo para continuar a dar sentido a esta comunhão (...), seja no campo da preparação da jornada, seja também no campo daquilo que vai ser a participação dos jovens espanhóis na jornada".
O responsável português pela Pastoral Juvenil espera também que a passagem dos símbolos por dezenas de dioceses espanholas seja "um momento em que se reze pela Jornada Mundial da Juventude e que, ao rezar pela Jornada Mundial da Juventude, seja motivo para os jovens em Espanha, nas suas dioceses, possam fazer uma experiência de encontro verdadeiro com Cristo e que sigam de facto o lema da Jornada: Maria levantou-se e partiu apressadamente!".
Os símbolos chegam a Espanha poucos dias após terem chegado de uma peregrinação por várias dioceses da Polónia -- depois de, já neste verão, terem estado também cerca de um mês em Angola.
Fazendo o balanço da passagem pelo país natal de João Paulo II, o Papa que instituiu a Jornada Mundial da Juventude, Filipe Diniz disse que o acolhimento dos símbolos "sentiu-se muito, da parte de jovens, do clero, dos responsáveis, dos bispos".
"Como dizia o bispo [polaco] responsável pela Pastoral Juvenil [o bispo da diocese de Radom, Marek Solarczyk], esta peregrinação é uma grande festa, com um grande desejo de participar na jornada e, de facto, sentiu-se verdadeiramente toda esta vivência, toda esta alegria de receção dos símbolos por onde foram passando".
Segundo o padre Filipe Diniz, "foi uma peregrinação muito rica. Tentaram passar pelas mais diversas dioceses onde, na sua grande maioria, os bispos estiveram presentes".
Momento significativo foi "a presença dos símbolos da Jornada no Santuário de Czestochowa, sinalizando os 30 anos após a Jornada Mundial da Juventude naquele santuário", acrescentou o sacerdote português.
Os símbolos estiveram em peregrinação na Polónia, entre 21 de agosto e 01 de setembro.
Em Espanha, os símbolos da JMJ passarão por Leão, Santander, Saragoça, Maiorca, Ibiza e Menorca, Madrid, Pamplona, Barcelona, Toledo, Cáceres, Ávila, Tenerife, Canárias, Sevilha e Córdoba.
Em 2022, entre 04 e 07 agosto, a cruz e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani voltarão a Espanha, para a Peregrinação Europeia de Jovens, em Santiago de Compostela.
Também em 2022 e 2023, os símbolos passarão por todas as dioceses de Portugal.
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, "os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem".
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
"Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis", informou o Gabinete de Comunicação da JMJ Lisboa 2023.
A Cruz peregrina esteve, em 1985, em Praga, na atual República Checa, "na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3.000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil", acrescentou.
Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
"É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica", acrescenta o documento divulgado pelo gabinete de imprensa da JMJ Lisboa 2023.
A Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, para a qual são esperados mais de um milhão de jovens de todo o mundo, decorrerá nos terrenos da margem do rio Tejo, ao norte do Parque das Nações, e deverá ser encerrada pelo Papa.
Inicialmente prevista para o verão de 2022, a iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.
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