Trabalhadores foram afetados pela paralisação orçamental dos Estados Unidos da América. Sindicato defendeu medidas para evitar situações semelhantes.
O SITACEHT/AÇORES criticou esta sexta-feira a "inação vergonhosa" do Governo da República face à situação dos trabalhadores civis portugueses da Base das Lajes, afetados pela paralisação orçamental dos Estados Unidos da América, e defendeu medidas para evitar situações semelhantes.
"Foi o Governo Regional dos Açores que, perante a gravidade da situação e a demora na ação da República, avançou com a autorização de um adiantamento dos salários, assumindo um papel que, no quadro das relações bilaterais, deveria ter sido primariamente assegurado pelo poder central", afirma o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comercio e Escritórios, Hotelaria e Turismo dos Açores (SITACEHT/AÇORES).
Num comunicado enviado às redações, o sindicato critica a postura adotada pelo Governo da República face "à delicada e urgente" situação dos trabalhadores portugueses da Base Aérea das Lajes, na Terceira, e pede que o executivo liderado pelo social-democrata Luís Montenegro "abandone a posição de submissão e assuma uma postura de exigência e firmeza" junto das autoridades americanas.
"Os trabalhadores portugueses da Base das Lajes não são peças descartáveis na geopolítica internacional. Merecem ser tratados com dignidade e respeito e o Governo da República tem o dever de ser o seu garante", defende o SITACEHTT/AÇORES.
Segundo a estrutura sindical, a ausência de soluções rápidas constitui um "lamentável falhanço de responsabilidade social e política", deixando durante semanas os trabalhadores da Base das Lajes e dezenas de famílias "na instabilidade".
Estes trabalhadores "dedicaram anos da sua vida profissional ao serviço da pátria e das relações bilaterais" e ficaram numa situação de "extrema vulnerabilidade, sem garantias quanto ao pagamento dos seus salários, essenciais para rendas e comida na mesa", alerta o sindicato.
Para o SITACEHTT/AÇORES, "a inação e falta de resposta concreta" do Governo da República "foi vergonhosa", enquanto o problema se arrastou por longas semanas, sem soluções concretas e imediatas.
O sindicato lembra que outros países, como a Alemanha e Espanha, "demonstraram poder intervir, adiantando os salários aos seus cidadãos em bases similares".
Para o SITACEHTT/AÇORES, é imperativo que o Governo da República "assuma as suas responsabilidades de forma cabal" e implemente medidas que garantam que situações semelhantes não se repetem, incluindo a revisão do quadro laboral da Base das Lajes, "onde se verifica, há anos, a desvalorização profissional e salarial de muitos trabalhadores, alguns a receber abaixo do Salário Mínimo Regional".
O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) anunciou, na quinta-feira, que concedeu apoio financeiro a 70 trabalhadores da Base das Lajes, na ilha Terceira, afetados pela paralisação orçamental dos Estados Unidos da América e que tinham salários em atraso.
Em comunicado, o executivo presidido por José Manuel Bolieiro recordou que aqueles trabalhadores, afetos às forças dos Estados Unidos da América nos Açores (USFORAZORES), tinham as remunerações suspensas devido ao impasse orçamental norte-americano, que já foi, entretanto, ultrapassado.
"A medida, de natureza excecional e transitória, entrou em vigor a 08 de novembro, constituindo um adiantamento reembolsável aos trabalhadores afetos às USFORAZORES, correspondente às remunerações líquidas em atraso, tendo por referência de cálculo o período de salários compreendido entre 07 de setembro e 20 de setembro de 2025", lia-se na nota de imprensa do executivo açoriano.
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