Segundo o CESP, "há trabalhadores que ao fim de cinco anos são promovidos e têm um aumento de quatro euros, o que não faz qualquer sentido", criticou.
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços acusou esta terça-feira a União das Misericórdias de adiar sucessivamente reuniões sindicais para negociar primeiro com outros sindicatos, apresentando uma "tabela salarial fechada" e condicionando o diálogo com os trabalhadores.
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) e da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) reuniram-se esta terça-feira para negociarem aumentos e tabelas salariais, em sede de conciliação na Direção-geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
De acordo com Célia Lopes, dirigente sindical do CESP, a delegação sindical foi confrontada com "uma proposta de atualização salarial que a União [das Misericórdias" aplicou por ato de gestão".
"Confronta-nos com uma tabela salarial fechada porque está acordada com outras estruturas sindicais, ou seja, dá a sensação de que o adiar sucessivo das reuniões connosco foi um bocadinho com o objetivo de acordar primeiro com outros na perspetiva de depois nos apresentarem um resultado final", criticou.
A título de exemplo, a dirigente sindical adiantou que a proposta da UMP propõe "para os trabalhadores do apoio, para os trabalhadores com mais baixos salários neste momento nas instituições, apenas a reposição dos 50 euros da subida do salário mínimo nacional, sem qualquer valorização das carreiras".
"Há trabalhadores que, pela tabela proposta e que já foi colocada em prática, o trabalhador ao fim de cinco anos é promovido, na tabela, e tem um aumento de quatro euros, o que não faz qualquer sentido", criticou.
Adiantou que o sindicato vai agora realizar plenários para ouvir os trabalhadores para aferir se aceitam ou não a proposta apresentada pela UMP e que ficou já marcada nova reunião para dia 01 de outubro.
Célia Lopes afirmou que CESP e UMP mantêm "divergências, nomeadamente na questão da carreira e das diuturnidades", bem como relativamente ao pagamento do trabalho e dia feriado.
Segundo a sindicalista, a UMP disse estar disposta a analisar estas matérias "se houver evolução por parte do Governo relativamente ao financiamento" e se o CESP aceitar a tabela salarial proposta.
Por outro lado, disse ter ficado surpreendida com a vontade da UMP de voltar a implementar semanas de trabalho de entre 37 e 40 horas, o que considera um "recuo", argumentando que "os trabalhadores todos devem evoluir para as 35 horas semanais".
Sobre ações de luta futuras, Célia Lopes adiantou que o sindicato irá juntar-se à manifestação de dia 20 de setembro, convocada pela CGTP, contra as alterações previstas à Lei do Trabalho e que o CESP vai emitir pré-aviso de greve também para os trabalhadores das misericórdias.
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