Sindicato afirma que na emergência médica ninguém deve ser deixado para trás.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) repudiou este sábado as palavras do presidente do INEM sobre excluir quem resista à mudança e espera que este se retrate, afirmando que na emergência médica ninguém deve ser deixado para trás.
O novo presidente do INEM, Luís Mendes Cabral, defendeu na sexta-feira numa mensagem enviada aos trabalhadores que a refundação do Instituto Nacional de Emergência Médica deve ser célere, alertando que quem for uma resistência à mudança não será incluído nesse processo.
"É minha vontade incluir todos os que queiram fazer parte do novo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). No entanto, também é minha obrigação garantir um processo de refundação célere, pelo que quem decidir ficar imóvel, ou for uma resistência à mudança, sem fundamento, ficará no antigo INEM", escreveu Luís Mendes Cabral.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do STEPH, Rui Lázaro disse que foi "com bastante surpresa" que leu "esse modo de discurso" do novo presidente: "No INEM e na emergência médica não estamos habituados a deixar ninguém para trás".
"Tem sido também essa a posição da sra. ministra da Saúde. Portanto, repudiamos as palavras do sr. presidente, convidamo-lo a retratar-se e esperemos que o faça, que não estamos habituados na emergência médica a deixar nem trabalhadores nem cidadãos para trás", vincou o dirigente sindical.
Questionado se com este discurso o presidente do INEM pode estar a abrir "uma guerra" com os profissionais, Rui Lázaro disse recear isso.
"Tememos que sim, mas esperemos que não porque o que a experiência nos diz é que os presidentes que tiveram atitudes semelhantes, apesar de não serem tão graves, acabaram por não fazer um bom trabalho e por não ficar muito tempo à frente dos destinos do Instituto", sublinhou.
Rui Lázaro também comentou a proposta da Comissão Técnica Independente (CTI) para a refundação do INEM, hoje divulgada pelo jornal Público, que propõe a criação de uma central única de atendimento juntando CODU e SNS24, e a abertura do transporte não emergente de doentes ao setor privado.
Para o líder sindical, "é positivo" que tenha sido divulgada, mas é preciso conhecer a proposta "na totalidade e ao detalhe".
Manifestou "algumas dúvidas" quanto à viabilidade da reintegração das duas centrais, a do INEM e da linha SNS24, numa só, explicando que "a linha SNS 24 funciona em regime de 'outsourcing', praticamente não tem funcionários fixos, funcionam em regime de disponibilidades, ao passo que a do INEM tem profissionais dedicados e em permanência na sala de operações".
Por outro lado, disse, há outras medidas que vão ao encontro do que o STEPH tem vindo a defender ao longo dos últimos anos.
"Muitas delas a ministra da Saúde já anunciou na Assembleia da República em resposta aos deputados, mas contrariam o que o atual presidente do INEM disse ontem [sexta-feira] à margem de um congresso em Fátima, nomeadamente que a base do sistema não deve evoluir", salientou.
O responsável salientou que a Comissão Técnica Independente conclui que "a carreira técnica de emergência pré-hospitalar tem de continuar a evoluir, deve ser ainda mais diferenciada, e também deve ser alargada a todas as ambulâncias do sistema", tal como o sindicato tem vindo a defender.
Para Rui Lázaro, esta "posição contrária" à do presidente do INEM levanta a questão "se será a pessoa certa para liderar a refundação do INEM".
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