Concentração teve início, pelas 17h30, no Chiado, em Lisboa.
A União dos Sindicatos de Lisboa, afeta à CGTP, organizou, esta quarta-feira, uma arruada, entre o Chiado e o Rossio, em Lisboa, contra o anteprojeto de reforma laboral, antecipando grande adesão à greve geral, e deixou recados ao Governo.
"É um programa que vai aprofundar a precariedade, o desemprego e a perpetuação dos baixos salários", afirmou à Lusa o coordenador da União dos Sindicatos de Lisboa (USL), João Coelho.
A concentração teve início, pelas 17h30, no Chiado, em Lisboa, e seguiu em direção à Praça D. João da Câmara, em frente à estação de comboios do Rossio.
Cerca de uma centena de manifestantes juntou-se à arruada, muitos vestidos de pai Natal ou de presente, gritando palavras de ordem como: "salários de miséria, rendas a subir. O povo não aguenta, está na hora de agir" ou "o custo de vida aumenta, o povo não aguenta".
A USL garantiu que os trabalhadores "estão fartos de baixos salários, precariedade e de ser explorados", antecipando uma "grande greve geral" no dia 11 de dezembro.
João Coelho referiu ainda que a greve "não é, de todo, inoportuna", como foi classificada pela ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, e avisou que os trabalhadores estão motivados para continuar a luta.
Esta ação distrital quer ainda denunciar as "desigualdades e injustiças" sociais da Grande Lisboa.
De acordo com os sindicatos, esta região é a segunda mais desigual do país, atrás dos Açores, com 10% dos mais ricos a obterem rendimentos nove vezes superiores aos 10% mais pobres.
Presente na arruada, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, antecipou também uma grande adesão à greve geral e sublinhou que os trabalhadores não estão cansados de greves, mas "da vida que lhes é imposta pelos baixos salários, precariedade e pela dificuldade em fazer face ao brutal aumento do custo de vida".
O sindicalista defendeu ser necessária uma política que rompa com a precariedade, a desregulação dos horários de trabalho, com um Serviço Nacional de Saúde "que não responde", com uma escola pública "atacada e degradada" e com a falta de resposta à valorização do trabalho das forças de segurança.
"É preciso romper com uma política diferente. Esta é uma política de continuação do 'ram-ram' do costume", rematou.
A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.
Após o anúncio da greve geral, o Ministério do Trabalho entregou à UGT uma nova proposta, com algumas alterações ao anteprojeto apresentado em julho, mas que a central sindical disse ser "muito pouco" para desconvocar a paralisação.
No documento, o Governo cede em matérias como a simplificação dos despedimentos em médias empresas ou a redução do número de horas de formação obrigatórias nas microempresas, abre a porta à reposição dos três dias de férias ligados à assiduidade abolidos na 'troika', entre outras, mas mantém algumas medidas bastante criticadas pelas centrais sindicais, como o regresso do banco de horas individual ou a revogação da norma que prevê restrições ao 'outsourcing' em caso de despedimento.
A ministra do Trabalho disse, esta terça-feira, esperar que os serviços mínimos sejam cumpridos na greve geral e afirmou que os grandes prejudicados com o protesto serão "os trabalhadores, famílias, crianças e quem precisa de ir a uma consulta".
A governante, que falava à agência Lusa no final da visita à empresa de confeções Twintex, no Fundão, reiterou que a paralisação é "particularmente gravosa" e "inoportuna" porque o Governo estava a negociar com os parceiros.
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