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Site ajuda autistas a aprenderem matemática

Esta é a primeira plataforma do género em português e foi criada por Isabel Santos.

28 de junho de 2018 às 12:48

Um "site" criado na Universidade de Aveiro permite ajudar crianças com perturbação do espetro do autismo (PEA) a desenvolver o raciocínio matemático e auxiliá-las na leitura e na linguagem, revelou esta quinta-feira fonte académica.

Denominado LEMA (das iniciais em inglês de Learning Environment on Mathematics for Autistic children), trata-se da primeira plataforma do género em português e foi criada por Isabel Santos, durante o seu doutoramento em Multimédia em Educação na Universidade de Aveiro (UA), com o objetivo de ajudar à aprendizagem da matemática.

"Os resultados obtidos nas sessões de aferição com crianças e com professores e educadores da Educação Especial permitem assumir o LEMA como um importante instrumento de apoio à promoção do desenvolvimento do raciocínio matemático em crianças com PEA", congratula-se Isabel Santos.

Para além da Matemática, o LEMA é também um auxiliar aos desenvolvimentos da linguagem e leitura, do planeamento, da memorização, da gestão de emoções, da atenção e concentração e da interação entre pares.

"O ambiente digital poderá constituir-se como um instrumento pedagógico relevante para a premissa de uma escola inclusiva, garantindo o acesso e equidade de crianças com PEA ao processo de ensino e de aprendizagem, preparando a sua transição para uma vida ativa em sociedade", salienta Isabel Santos.

Destinado a crianças entre os 6 e os 12 anos diagnosticadas com PEA, o LEMA contém dois perfis de utilizadores: um para o educador e outro para a criança. Integra 32 classes de atividades de matemática, cada uma delas subdividida em cinco subclasses, de acordo com níveis de dificuldade.

A plataforma permite a seleção personalizada de uma até dez classes e subclasses de atividades, tendo em conta o perfil funcional do aluno, bem como a visualização do registo de desempenho de cada aluno na realização das atividades propostas por parte do educador.

O número de alunos diagnosticados com PEA tem aumentado nas últimas décadas em Portugal. O estudo mais recente realizado pela Federação Portuguesa de Autismo, referente a 2011 e 2012, indica uma prevalência de 15,3 crianças/jovens diagnosticadas com PEA em cada 10 mil.

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