Trabalhadores dos transportes têm vindo a lutar por aumentos salariais e progressão na carreira.
A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) acusou o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN), que convocou a greve desta segunda-feira, de ser "intransigente e de não estar disponível para o diálogo".
"Reforça [a STCP] ainda que tem demonstrado estar disponível para dialogar, fez cedências, nomeadamente ao nível do pagamento dos três primeiros dias abrangidos pela 'Auto Declaração de Doença', e o STRUN, além de recusar a proposta da STCP, ainda acrescentou novas exigências, mostrando-se intransigente e não estando disponível para o diálogo", adiantou esta segunda-feira a empresa em resposta à Lusa.
Os trabalhadores da STCP cumprem esta segunda-feira dois pré-avisos de greve: um em vigor desde novembro de 2023 e que contempla as duas últimas horas do turno e um outro que contempla as cinco primeiras horas que está em vigor desde o dia 18 de setembro e que se prolonga até dia 17 de novembro.
Em declarações à Lusa, o dirigente do STRUN, José Manuel Silva, explicou que os motivos da greve se relacionam com aumentos salariais e progressão na carreira.
A STCP explicou que o conselho de administração tem reunido, desde a concretização da intermunicipalização em janeiro de 2021, com as cinco entidades sindicais representantes dos seus trabalhadores para estabelecer compromissos que permitam melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores.
"O STRUN, representante de cerca de 14% dos trabalhadores da STCP, foi o único dos cinco sindicatos que não assinou nenhum acordo ou compromisso para o ano 2024", recordou.
As duas greves que se encontram em vigor, bem como aquelas ocorridas em julho, agosto e setembro, foram convocadas pelo STRUN, atirou.
Lamentando os inconvenientes que as greves possam causar aos utentes e pedindo a melhor compreensão, a STCP garantiu que "continua a trabalhar para valorizar as carreiras, os salários e os tempos de trabalho".
Mas acrescentou: "É muito difícil dialogar com quem não quer dialogar, com quem está a usar, constantemente, um discurso radicalizado, de protesto, promovendo greves continuas".
Negando que o aumento salarial tenha sido apenas de 53 euros, tal como denunciou o STRUN, a empresa salientou não ser "uma empresa de salário mínimo nacional".
A título de exemplo, a STCP revelou que um recém motorista recebe mais de 1.200 euros líquidos mensais, enquanto um motorista de topo de carreira aufere perto de 1.600 euros.
"A STCP promoveu ainda uma revisão de carreiras que abrange cerca de 90% dos trabalhadores", concluiu.
Em 15 de setembro, os sindicatos que chegaram a acordo com a administração acusaram o STRUN, que ficou fora do entendimento, de faltar à verdade, defendendo que as reivindicações apresentadas refletem "ações político-partidárias", o que aquele sindicato rejeita.
Entretanto, os trabalhadores, que esta tarde estiveram reunidos em plenário, decidiram que "caso a administração da STCP continue intransigente" em se aproximar das suas reivindicações vão renovar a greve das primeiras cinco horas de serviço de cada trabalhador por mais 90 dias.
"Os trabalhadores exigem que a administração acabe de imediato com os processos disciplinares sem fundamento, assim como as restrições de iniciarem ao serviço, após período de greve", vincaram.
Estes credenciaram ainda o STRUN a marcar manifestações em frente às câmaras municipais que integram a STCP em datas a combinar.
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