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TAP lamenta decisão do sindicato e diz estar disponível para tentar evitar mais greves

Associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil marcaram pelo menos cinco dias de greve até 31 de janeiro.

06 de dezembro de 2022 às 18:25

A presidente executiva da TAP disse esta terça-feira à Lusa lamentar a decisão do sindicato dos tripulantes de manter a greve desta semana e de marcar mais paralisações, manifestando-se disponível para tentar encontrar soluções que evitem mais disrupções.

"Estamos muito tristes, eu espero que consigamos reunir-nos novamente depois destes dois dias [de greve na quinta e sexta-feira] e tentar encontrar uma solução para evitar uma disrupções para toda a gente", afirmou a presidente executiva da TAP, em declarações à Lusa.

Christine Ourmières-Widener lamentou "profundamente" a decisão do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e vincou que a empresa "está disponível" para se reunir com o sindicato, depois dos dois dias de greve de tripulantes, esta semana, que o SNPVAC decidiu esta terça-feira, em assembleia-geral, manter.

Os associados do SNPVAC decidiram ainda marcar mais pelo menos cinco dias de greve até 31 de janeiro.

"Esperamos encontrar soluções", sublinhou a presidente executiva da TAP, lembrando que a última proposta apresentada pela TAP ia ao encontro de nove das 14 exigências do sindicato e representava, no seu conjunto, um ganho de oito milhões de euros para os tripulantes.

Christine Oumières-Widener reiterou que a "única condição" exigida pela TAP era a antecipação da assembleia-geral que decorreu, para ter mais tempo para arranjar alternativas aos clientes, caso se mantivesse a greve.

"Adicionalmente, é do conhecimento geral que assinámos um acordo de emergência no ano passado, que contempla questões nas quais concordámos e que são a única forma de sermos sustentáveis no futuro, com decisões, por exemplo, sobre o número de tripulantes nos voos, que não podemos alterar", apontou a gestora, frisando que "não é possível alterar este compromisso com o SNPVAC" e que "eles sabem disso".

Questionada sobre a abertura da empresa para acolher algumas das exigências do sindicato e, assim, prevenir mais greves, a presidente executiva considerou que ceder "em nove dos 14 pontos apresentados pelo sindicato é muito, em qualquer discussão".

"É importante garantir que todos temos presente que a TAP é estratégica para o país e que a sobrevivência da TAP e que um melhor resultado financeiro -- que já mostrámos no terceiro trimestre -- são críticos para o futuro. Para o futuro da companhia, para o futuro do país e também para o futuro do emprego de todos os trabalhadores da TAP", rematou.

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