Houve um aumento de 20% das cirurgias oncológicas, apesar do decréscimo na altura da pandemia.
Os tempos máximos de resposta garantidos para cirurgia oncológica diminuíram em média, mas aumentaram para os doentes que devem ser operados em três dias, segundo uma avaliação de acesso hoje divulgada relativa ao triénio 2019-2021.
Na Sessão Comemorativa do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, Donzília Brito, adjunta do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção-Geral da Saúde (DGS), adiantou que os tempos de espera aumentaram em 2020 devido à covid-19, mas foram recuperados em 2021, atingindo os níveis de 2019, ano pré-pandemia.
Da acordo com os dados, a média do tempo de espera era de 38 dias em 2019, subiu para 40 no ano seguinte e em 2021 baixou para 35 dias.
"Verificamos que há uma homogeneidade ao longo do triénio, portanto as prioridades não se alteraram, mas verificamos uma coisa interessante, que foi um aumento no tempo de espera média dos doentes de nível 4 (urgência diferida) que devem ser operados em três dias", disse, acrescentando que não tem explicação para esta situação.
Citando dados da unidade de gestão de acesso da Administração Central do Sistema de Saúde, a cirurgiã oncológica adiantou houve um aumento de 20% das cirurgias oncológicas, apesar do decréscimo na altura da pandemia.
A maior parte das cirurgias (73%) foram realizadas por 14 instituições com "alto volume operatório", mais de 1.000 cirurgias por ano, entre as quais os três IPO (Lisboa, Porto e Coimbra), o Centro Hospitalar de São João, o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central.
De acordo com a análise, que contou com o apoio do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde da faculdade de medicina da Universidade do Porto, o cancro mais frequentemente operado é o da pele (25%), seguido da mama, bexiga, cólon e reto estômago e próstata.
Donzília Brito observou que um quarto da atividade cirúrgica oncológica foi realizada nos três institutos portugueses de oncologia (IPO) e metade em unidades hospitalares não centrais.
Exemplificou que 60% das cirurgias ao cancro do cólon, um terço das cirurgias esofágicas e dois terços das cirurgias de testículo foram feitas fora de centros de referência.
"Há centros de referência com atividade cirúrgica igual ou inferior a unidades que não eram classificadas como centros de referência", salientou.
"Embora saibamos que a associação de volume de atividade operatória têm uma associação positiva com a qualidade, mas não foi feita uma análise de qualidade neste estudo, portanto, os dados não permitem nos dizer isso com segurança, só fazendo uma análise de qualidade", referiu.
A especialista adiantou que a certificação dos centros pressupõe equipas multidisciplinares e não apenas cirurgiões a fazerem atividade oncológica com alto volume, pelo que, disse, pode haver centros de alto volume que não estejam preparados para ser centros de tratamento da patologia oncológica.
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