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Turismo na região de Lisboa rendeu 8,4 mil milhões de euros em 2015

Estudo assinala 20 anos da Associação Turismo de Lisboa.

07 de fevereiro de 2017 às 12:09

O setor do turismo na região de Lisboa gerou 8,4 mil milhões de euros em 2015, em áreas como a hotelaria e a restauração, e possibilitou a criação de 150 mil postos de trabalho, revela um estudo divulgado esta terça-feira.

Segundo o estudo realizado pela consultora Deloitte para a Associação Turismo de Lisboa (ATL) sobre o impacto macroeconómico do setor na região, em causa estão receitas obtidas, principalmente, na hotelaria (em que se verificou um aumento na ordem dos 240 milhões de euros) e na restauração (na qual o encaixe financeiro subiu 200 milhões de euros), nos anos de 2005 a 2015.

Acrescem os ganhos com transportes e compras (áreas em que as receitas aumentaram, em cada, 140 milhões de euros), com congressos e reuniões (mais 100 milhões de euros) e com animação turística (mais 75 milhões de euros).

Em 2015, o impacto direto do setor foi na ordem dos 5,7 milhões de euros, enquanto o indireto se centrou em 2,7 milhões de euros.

No que toca ao ano de 2005, o setor gerou 3,9 milhões de euros na região, dos quais 2,6 milhões de euros através de impacto direto e 1,3 milhões de impacto indireto.

"Ainda quando comparado com 2005, em 2015 realizaram-se dez vezes mais congressos e reuniões por ano na cidade e sete vezes mais na região. Mais 55 cruzeiros por ano fizeram escala em Lisboa, foram criados quatro campos de golfe e inaugurado um casino", enumera a ATL numa informação enviada à agência Lusa com as principais conclusões do estudo.

Durante a década em análise, o setor do turismo teve um crescimento médio anual de 8% na região de Lisboa, acréscimo que se tornou mais notório tendo apenas em conta a cidade de Lisboa, onde a percentagem rondou os 9,5%.

"Reflexo desta evolução, o turismo gerou cerca de 150 mil postos de trabalho em 2015" na região, mais 13 mil do que em 2005, (137.069), acrescenta a ATL.

A grande parte destes postos de trabalho (56%) dizia respeito, em 2015, a atividades de hotelaria e restauração.

De acordo com esta entidade, "a expressividade dos resultados [...] assenta numa estratégia concertada entre entidades públicas e privadas que, ao longo dos últimos anos, tem reforçado a atratividade de Lisboa enquanto destino turístico de excelência".

Isso também levou ao "aumento progressivo do número de hóspedes", observa a associação, precisando que este valor passou de 3,5 milhões em 2005 para 7,3 milhões em 2015.

Durante este período, a oferta também aumentou, tanto na hotelaria (na qual se verificaram mais 7.000 quartos) como no alojamento local (mais 6.000 quartos), adianta a ATL.

Por várias vezes, a oposição na Câmara e na Assembleia Municipal de Lisboa solicitou à maioria socialista no executivo um estudo sobre o impacto do turismo, dado o aumento exponencial do setor na cidade e o seu reflexo em aspetos como a proliferação de unidades de alojamento local e hoteleiras e a sobrelotação de infraestruturas como transportes públicos.

Em julho de 2015, a autarquia divulgou que estava preparar um relatório para conhecer esse impacto, mas depois disso não deu mais informações.

O estudo agora realizado surge, contudo, no âmbito dos 20 anos da ATL.

Além da vertente económica, foram ouvidos moradores e trabalhadores na Área Metropolitana de Lisboa, numa amostra de 1.017 entrevistas diretas e presenciais realizadas pela Intercampus.

Nesse estudo, também hoje conhecido, verificou-se que, para mais de 90% dos inquiridos, a reação sobre a vinda de turistas a Lisboa é positiva ou muito positiva.

Acresce que, "por influência do turismo, a cidade tem hoje mais vida para 91% dos residentes e para 80% dos que aqui trabalham", adianta a ATL na informação enviada à Lusa.

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