"Continuamos a observar muitas iniquidades no acesso e dificuldades de aceder a cuidados de saúde", disse Alexandre Lourenço.
O presidente da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, Alexandre Lourenço, defendeu esta terça-feira a descentralização e o desenvolvimento dos cuidados de proximidade, medidas que possibilitaram diminuir de 12% para 5% os utentes sem médico de família.
"No contexto nacional, mas também do nosso território, continuamos a observar muitas iniquidades no acesso e dificuldades de aceder a cuidados de saúde. E é por isso que no nosso plano estratégico já temos vindo a implementar esta lógica de descentralização e desenvolvimento dos cuidados em proximidade", disse à agência Lusa Alexandre Lourenço, à margem do programa para celebrar o Dia da ULS de Coimbra, na manhã desta terça-feira.
O responsável adiantou ainda o objetivo de "triplicar o número de vagas até ao final de 2026", através de "mais serviços domiciliários".
"Já aumentámos em 50% a hospitalização domiciliária, mas estamos a colocar também unidades de oftalmologia em proximidade", havendo já cinco espalhadas pelo território.
A implementação de unidades de audiologia e de feridas complexas, ainda no âmbito da proximidade, são outras das medidas "para reduzir as barreiras no acesso a cuidados de saúde".
Para Alexandre Lourenço, trabalhar em proximidade e apostar na prevenção leva a um "melhor acesso e universalidade de cuidados de saúde".
Questionado pela Lusa sobre a maternidade que será construída no perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra, o responsável referiu que, da parte da ULS de Coimbra, "o processo está desenvolvido", adiantando que há, "evidentemente, uma prioridade do próprio programa de Governo para garantir" a nova estrutura.
"Nós somos a entidade do país que está a fazer mais partos, em duas maternidades já muito deterioradas".
"Brevemente [a expectativa é a de que esteja concluída até 2030] será possível ter condições mais adequadas para garantir a qualidade de cuidados que já oferecemos, mas levá-la ainda a outro nível", defendeu.
A nova maternidade é há muito reclamada na região, tendo sofrido vários atrasos ao longo do tempo (em 2021, chegou a ser apontada a sua inauguração para 2024, e, em 2023, esperava-se que o concurso pudesse ser lançado no primeiro trimestre de 2024).
Esta empreitada vai substituir as duas maternidades atualmente existentes na cidade de Coimbra, sendo considerado um dos cinco grandes investimentos plurianuais do anterior Governo para este ano.
A construção prevê um investimento de cerca de 55 milhões de euros (ME), com o Orçamento de Estado (OE) para 2025 a reservar 45 ME para a construção.
Ao longo da abertura do evento de hoje, na sessão "O futuro da ULS de Coimbra: Plano Estratégico 2030", Alexandre Lourenço apontou três "linhas de reorganização efetiva dos cuidados e da gestão".
Um hospital para a comunidade, com equipas comunitárias multidisciplinares de proximidade, intervenção precoce em saúde mental e organização de percursos clínicos integrados.
O presidente da entidade defendeu ainda a transição digital e a orientação de "recursos e incentivos para a promoção da saúde e a prevenção da doença".
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