Entre os 92.813 que realizaram o diagnóstico, os alunos conseguiram ler, em média, 75 palavras corretamente num minuto.
A maioria dos alunos do 2.º ano tem níveis de compreensão de leitura alinhados com o expectável para aquela fase da escolaridade, mas cerca de 25% estão em risco de ter dificuldades no futuro.
As conclusões constam de um relatório, divulgado esta quinta-feira pelo Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação (EduQA), sobre o Diagnóstico de Fluência Leitora, feito em junho aos alunos do 2.º ano.
No exercício de leitura, os professores contabilizaram o número de palavras lidas num minuto e o número de erros cometidos para avaliar a fluência de leitura dos alunos, traduzida no número de palavras lidas corretamente num minuto.
Entre os 92.813 que realizaram o diagnóstico, os alunos conseguiram ler, em média, 75 palavras corretamente num minuto, um resultado que, segundo o EduQA, está alinhado com os valores esperados para o final daquele ano de escolaridade, tendo em conta critérios de referência internacionais que apontam para entre 70 e 130 palavras por minuto.
No entanto, cerca de 25% dos alunos não foram além das 51 palavras, traduzindo "riscos acrescidos de dificuldades futuras de compreensão leitora".
Em resposta à agência Lusa, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) sublinha a importância de identificar precocemente estas lacunas na aprendizagem, para que as escolas possam intervir nos casos de maiores dificuldades, diminuindo a probabilidade de insucesso escolar.
"O MECI está a preparar um conjunto de medidas orientadas para o reforço das competências básicas de leitura nos primeiros anos de escolaridade", adianta o gabinete do ministro Fernando Alexandre, que remete mais detalhes para 3 de dezembro.
O relatório do EduQA compara ainda os resultados dos cerca de nove mil alunos que beneficiam de medidas adicionais de apoio à aprendizagem, que leem, em média, 37 palavras corretamente num minuto, menos 38 face à média nacional.
Entre falantes nativos de português e os alunos estrangeiros registam-se também diferenças, com os primeiros a demonstrarem maior facilidade na leitura.
"As barreiras linguísticas poderão ser responsáveis pelas maiores desigualdades na leitura entre os alunos do 2.º ano de escolaridade. No entanto, ao atingir níveis mais elevados de proficiência, as diferenças em relação aos alunos nativos tornam-se mais reduzidas", refere o documento.
O relatório identifica também diferenças no desempenho dos alunos das escolas públicas e dos colégios privados, com os segundos a obterem melhores resultados (em média mais 14 palavras por minuto) e entre rapazes e raparigas, com os rapazes a destacarem-se ligeiramente (mais quatro palavras), contrariando os resultados de avaliações internacionais em que os alunos portugueses participam.
O Diagnóstico de Fluência Leitora foi realizado entre 9 e 20 de junho, para efeitos de monitorização leitura, não tendo sido contabilizado na nota dos alunos.
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