Doença contagiosa consiste na inflamação das membranas que revestem o sistema nervoso central e pode deixar graves sequelas.
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A meningite consiste na inflamação das meninges, isto é, das membranas que revestem o sistema nervoso central (cérebro e medula espinal). Existem vários tipos da doença, com origens diferentes, entre outras características, mas há uma forma de a combater que é transversal: as vacinas. Quer seja seguindo apenas o Programa Nacional de Vacinação, quer seja complementando a imunização com a compra de outras vacinas recomendadas.
"A meningite é seguramente uma das formas mais graves de infeção que nós, pediatras, observamos", disse ao CM Maria de Lurdes Torre, médica pediatra. E é ponto assente que "a forma mais eficaz de prevenção é a vacinação", sublinha a especialista.
"Há vários tipos de meningites, que podem ser provocadas por vírus, por bactérias e também por fungos. E mesmo dentro destes há vários tipos", refere Maria de Lurdes Torre. As meningites "são doenças que, em regra, são transmissíveis, sobretudo se falarmos nas de origem bacteriana". Este potencial contagioso deve-se ao facto de a doença poder ser contraída pela aspiração de partículas contaminadas.
A prevenção ganha dimensão quando são expostas as sequelas a que um doente com meningite pode estar sujeito. "A meningite meningocócica pode ter uma mortalidade na ordem dos 50%. Este valor desce e varia entre 5 a 14% graças aos recursos médicos e à prestação de cuidados. Mas mesmo assim, com todas as técnicas e todos os tratamentos, ainda oscilamos entre os 10 a 20% de sequelas, ao nível neurológico, da audição e da visão", alerta a médica pediatra.
Os doentes, nos casos em que a infeção se generaliza (sépsis), correm ainda o risco de amputação de membros.
Sintomas vão da febre até náuseas e vómitos
Mas, dependendo da evolução da doença, podem também surgir náuseas e vómitos associados, assim como uma sensação generalizada de mal-estar e dores no corpo. Em formas mais avançadas de meningite, verificam-se alterações do estado nervoso, convulsões e, em caso de infeção generalizada (sépsis), e o aparecimento de lesões cutâneas.
"Devemos esclarecer os pais" Maria de Lurdes Torre - Médica Pediatra CM - Há grupos de maior risco no que diz respeito à meningite?
Maria de Lurdes Torre – Se falarmos especificamente da meningite meningocócica, o grupo de maior risco destas infeções são os lactentes, os bebés durante o primeiro ano de vida. A frequência de casos vai depois baixando. Depois, principalmente em alguns países da Europa industrializados, existe um pico na adolescência.
– Quais são as preocupações mais manifestadas pelos pais nas consultas?
– Os pais preocupam-se mais em saber o que podem fazer para prevenir doenças graves, como a meningite. Devemos esclarecê-los sobre as situações que são preveníveis e sobre os métodos que existem para as precavermos.
SAIBA MAIS
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É o número de doenças de declaração obrigatória em Portugal. A meningite, ou Doença Invasiva Meningocócica, faz parte dessa lista, assim como o sarampo, as hepatites, a sífilis ou a tuberculose, entre outras.
Sistema de vigilância
O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica envolve "os médicos, os serviços de saúde pública, os laboratórios, as autoridades de saúde e outras entidades dos setores público, privado e social".
Programa com 53 anos
O Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi criado há 53 anos, com o objetivo de proporcionar o acesso universal e gratuito à imunização contra várias doenças. A última revisão do PNV entrou em vigor em janeiro do ano passado.
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