Presidente da Câmara de Loures revelou que apresentou uma queixa-crime ao Ministério Público, denunciando uma "teia criminosa" de "comercialização de barracas" no bairro do Talude Militar.
O Movimento Vida Justa reagiu de imediato às declarações do Presidente da Câmara de Loures esta terça-feira à noite, que fala de "uma rede criminosa" no Bairro do Talude, acusando o autarca de "mentir" e de tentar "desacreditar" as suas vozes.
Na terça-feira Ricardo Leão "usou a televisão para mentir sobre o movimento Vida Justa e sobre os apoios dados pela Câmara Municipal aos moradores do Talude", afirma aquela entidade num comunicado publicado há cerca de uma hora nas redes sociais.
E "foi mais longe: insinuou que a Vida Justa é uma rede criminosa, numa tentativa vergonhosa de criminalizar a participação cívica e política de quem luta por justiça", acrescenta a nota.
Para o movimento Vida Justa, ao tentar "colar um movimento social à criminalidade" Rodrigo Leão "está a usar uma estratégia perigosa: desacreditar e reprimir a organização popular, como se fosse crime participar na vida política e reivindicar direitos".
E conclui afirmando: "Não aceitaremos esta tentativa de silenciamento", sublinhando que não são nem nunca foram "uma rede criminosa", sendo apenas um grupo de pais, mães, jovens e idosos organizados para "garantir dignidade" às suas famílias.
O presidente da Câmara Municipal de Loures revelou esta terça-feira à noite que apresentou uma queixa-crime ao Ministério Público (MP) denunciando uma "teia criminosa" de "comercialização de barracas" no bairro do Talude Militar.
"Estão a comercializar barracas a dois mil e três mil euros cada cinco metros quadrados, com garantia de luz e água", afirmou Ricardo Leão, numa cimeira organizada pela SIC Notícias, apontando que entre março e julho "quadriplicou o número" de habitações precárias no Talude Militar.
Questionado pelos jornalistas da SIC Notícias sobre que "teia criminosa" é essa, Ricardo Leão adiantou: "É uma só pessoa, que está identificada, que tem lá uma barraca também."
O autarca considerou o caso "muito grave", o que levou à apresentação de queixa. "Isso é que é indigno", considerou, lamentando que as pessoas tenham caído "nessa ilusão".
Ao mesmo tempo, Ricardo Leão acusou o movimento Vida Justa de "prejudicar as pessoas" do Talude, "proibindo-as de falarem" com os técnicos da autarquia.
"O Vida Justa está a manipular estas famílias", apontou, garantindo que a autarquia anda "desde março a falar com todas as pessoas" do Talude Militar, onde o movimento cívico tem apoiado os moradores, nomeadamente angariando donativos.
"Tinha que se estancar um problema", vincou Ricardo Leão, recordando que neste mandato já fez "250 demolições".
O problema "não é de agora", vincou, falando numa situação "incontrolável" e em que se generalizou "a ideia de que em Loures podem construir" habitações ilegalmente.
Ricardo Leão referiu ainda que perto de metade dos moradores do Talude Militar são de fora do concelho - o que tem sido contestado pelas associações no terreno.
A câmara "assegura todo o apoio social para [os moradores que ficaram sem teto] não dormirem na rua" e "oferece dormida para todos", garantiu ainda, "com toda a frontalidade", que essas pessoas "dormem [ao relento] porque querem".
O autarca adiantou ter pedido em março uma reunião ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, estando ainda à espera de uma data.
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