Portugueses lutam pela Uber nas redes sociais
Dez mil seguem a página ‘Queremos a Uber em Portugal’.
A Uber, empresa que fornece um serviço de motorista através de uma aplicação telefónica e surgiu como alternativa aos táxis, foi proibida de operar em Portugal, na terça-feira, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa. Revoltados, os portugueses têm utilizado as redes sociais para expressar o seu descontentamento e criaram a página de Facebook ‘Queremos a Uber em Portugal’. Até sexta-feira, a página contava com dez mil seguidores.
"Como se os táxis tivessem algo remotamente parecido com ‘padrões de qualidade’" e "os táxis deveriam de poder aderir à Uber" são alguns dos comentários deixados no Facebook pelos defensores da Uber.
O serviço também foi suspenso no Brasil. O juiz Roberto Filho não só determinou que a Google, Apple, Microsoft e Samsung deixassem de disponibilizar a aplicação nas lojas virtuais e físicas como pediu que a Uber fosse remotamente removida dos dispositivos móveis onde está instalada.
Protestos começaram em junho
As reclamações contra a Uber surgiram no verão do ano passado, quando milhares de taxistas de grandes cidades europeias se mobilizaram contra a intromissão da app na sua atividade. Ainda assim, a Comissão Europeia nada fez, por ter considerado que o serviço beneficiava o consumidor.
No mesmo mês, a empresa começou a contratar taxistas portugueses para operar em Lisboa. Descontentes, os profissionais portugueses uniram-se ao coro de protestos de taxistas espanhóis, franceses, britânicos e italianos.
Agora, praticamente um ano depois do início dos protestos e após ter sido recentemente proibida de operar em Portugal, a Uber apresentou queixa contra Portugal na Comissão Europeia.
"Os nossos advogados dizem que isto é altamente irregular, ao abrigo da lei portuguesa. Se isto é verdade, não só o juiz está a aceitar a providência cautelar – a banir temporariamente a Uber – como também está a dizer que as operadoras de telecomunicações e as operadoras de cartões de crédito devem bloquear as aplicações", explicou o responsável de Políticas Públicas da Uber para a Europa, África e Médio Oriente.
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