Países pedem maioria absoluta para imposto
Relutantes em avançar sozinhos com a Taxa Google, Espanha e França querem uma votação mais simples.
O comissário francês Pierre Moscovici foi o primeiro a avançar com a proposta.
Agora, perante mais uma derrota da Taxa Google no Parlamento Europeu, são vários os estados-membros que pedem para que o polémico imposto seja aprovado por maioria absoluta, em vez que ser necessária unanimidade.
Desta forma, os votos de países como Irlanda, Finlândia, Suécia e Dinamarca, que sempre se opuseram a esta medida, já não serão suficientes para chumbar a taxa que obriga os gigantes da internet - os GAFA (Google, Apple, Facebook e Amazon) - a pagar impostos sobre as suas receitas na Europa.
A ministra da Economia e Negócios espanhola, Nadia Calviño, diz que a falta de concordância entre os 28 é "francamente dececionante" e que está "impedir" uma maior integração fiscal do território da União Europeia. Por esta razão, argumentou que é "urgente e necessário" aprovar uma votação por maioria absoluta.
Nadia Calviño fez ainda saber que, apesar do novo chumbo, Espanha não desistiu de avançar sozinha com a Taxa Google. O mesmo acontece com França, que se prepara para aprovar o imposto em meados de abril, para começar a ser aplicado em outubro.
Já o Reino Unido prevê avançar com a mesma medida em abril de 2020, enquanto Itália aponta a entrada em vigor da nova tributação em junho.
Portugal, por sua vez, acredita que uma medida unilateral pode vir a prejudicar o mercado único.
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