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Conheça quem manda no grupo Global Media

No final de 2017, entraram dois novos acionistas (Kevin Ho e José Reis Soeiro). Saíram António Mosquito e Luís Montez.

26 de outubro de 2018 às 01:30

Dos principais grupos privados portugueses de comunicação social, o único que não está cotado em Bolsa é a Global Media. Assim, esta é a única empresa cuja informação sobre acionistas e contas não pode ser verificada pelos seus consumidores.

Após a última alteração na estrutura acionista, no final do ano passado, a Controlinveste (que em 2005 pagou 300 milhões à Portugal Telecom pela Lusomundo), de Joaquim Oliveira, passou a ser apenas a terceira maior acionista da Global Media, com 19,25% do capital, menos do que os 30% da macaense KNJ Global, de Kevin Ho (sobrinho do antigo chefe do Executivo de Macau, Edmund Ho) e dos 29,75% detidos por José Reis Soeiro (empresário português com ligações a Lopo do Nascimento, ex-primeiro-ministro de Angola) diretamente e através da empresa Grandes Notícias.

Já o BCP e o Novo Banco controlam, cada um, 10,5% do capital do grupo presidido por Daniel Proença de Carvalho. Kevin Ho pagou 15 milhões de euros pela sua participação, o que avalia o grupo em 50 milhões de euros, um sexto do valor pago pela Controlinveste. Recorde-se ainda que com a entrada dos novos acionistas, o angolano António Mosquito e Luís Montez abandonaram a estrutura acionista do grupo.

Em termos de imprensa e online, e além de participação em títulos regionais como o ‘Açoriano Oriental’ e o ‘Diário de Notícias da Madeira’, conta com títulos como o ‘Jornal de Notícias’, ‘Diário de Notícias’ (que este ano passou a semanário), ‘O Jogo’, ‘Dinheiro Vivo’, ‘Delas’, ‘Evasões’ e ‘Volta ao Mundo’. A Global Media detém ainda a Rádio Notícias que, através de várias frequências, emite a rádio TSF Press.

O grupo é ainda o maior acionista privado da agência Lusa (ver caixa),em que detém uma participação de 23,36%.

Investimento de empresários permite criação do jornal online Eco

Com 16,6% de capital, a Mota Gestão e Participações, do empresário António Mota, é o maior acionista da Swipe News, a empresa que detém o jornal online ECO. Depois do Haitong Capital (banco chinês que controla 12,448%), a estrutura acionista deste projeto é constituída por vários empresas e investidores, como a Polopique (de Luís Guimarães), com 8,299%, a Parinama (de Ana Maria Martins Caetano) e a Eunea Investments (de João Brito e Cunha), ambas com 6,224%, e a International Trade Winds, de Mário Ferreira, com 5,6%. Em conjunto, estes acionistas controlam mais de 55% da Swipe News.

Agência pública com capital privado

A agência Lusa tem no Estado o seu acionista maioritário (50,14%). Apesar de pública e de receber anualmente uma indemnização compensatória pelo serviço que presta (em 2018 o valor foi de 15,838 milhões), a Lusa conta com vários acionistas privados, como a Global Media.

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