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Decisão histórica a favor da Meta

Juiz faz recuar o governo norte-americano, ao decidir que a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp não detém monopólio nas redes.

20 de novembro de 2025 às 09:03

Num revés monumental para o governo norte-americano - e um triunfo significativo para a gigante tecnológica Meta - um juiz federal travou esta terça-feira a tentativa dos reguladores de reverter a aquisição do Instagram e do WhatsApp por parte da empresa de Mark Zuckerberg, ao concluir que a dona do Facebook não detém um monopólio ilegal nas redes sociais.

O processo, apresentado em 2020 e que podia obrihar a Meta a reestruturar-se ou a vender as duas conhecidas redes sociais, tornou-se um dos mais 'quentes' dos últimos tempos quer em Silicon Valley quer em Washington, D.C.

A argumentação da Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos assentava na acusação de que a Meta havia comprado estrategicamente os seus rivais mais promissores para eliminar a concorrência – as chamadas "aquisições predatórias". No início do julgamento, em abril deste ano, a antiga responsável pela FTC, Lina Khan, em entrevista à CNBC, considerou o Facebook adquiriu o Instagram e o WhatsApp por "pânico", depois de perceber o crescimento que as duas plataformas estavam a ter. No entanto, o juiz argumentou que o conceito de "rede social" é demasiado vasto e mutável, abrangendo desde o TikTok até plataformas de nicho, o que dilui a alegação de domínio absoluto por parte da Meta.

Esta decisão significa que o Instagram e o WhatsApp permanecerão firmemente sob o chapéu da Meta e que a empresa tem luz verde para continuar a sua estratégia de integração entre aplicações, nomeadamente no que diz respeito às funcionalidades cross-app, de comércio eletrónico e mensagens.

O tribunal frisou ainda que plataformas como o Snapchat, o TikTok e o X (antigo Twitter) continuam a ser vistas como alternativas viáveis, enfraquecendo a narrativa de que a Meta é a única escolha.

A FTC, que defendia o desmembramento como uma medida necessária para restaurar a competição e proteger o consumidor. Segundo a imprensa internacional, fontes em Washington indicam que esta derrota é um revés significativo para os esforços da administração em controlar o poder das grandes tecnológicas.

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