Quando as gravações de ‘Ministério do Tempo’ estavam paradas por incumprimento, a produtora assinou acordo com empresa pública.
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A 5 de abril do ano passado, quando o elenco da série ‘Ministério do Tempo’ tinha parado as gravações a reclamar o pagamento de ordenados em atraso, a administração da RTP assinou um novo acordo com a produtora Just Up.
Em causa estava uma série de 13 episódios intitulada ‘Último Recurso’. Esta ficção - sobre uma equipa de advogados que tentam corrigir erros da justiça portuguesa - apresentava um orçamento global de 905 687 euros, dos quais 650 mil (50 mil por episódio) eram suportados pela RTP.
O CM questionou o que levou a empresa pública a assinar este contrato numa altura em que já eram conhecidos os problemas financeiros da Just Up, mas o grupo de rádio e televisão optou por não fazer comentários.
Segundo apurou o CM, a série ‘Último Recurso’ saiu da consulta de conteúdos lançada pela RTP em 2016, sendo que as gravações só iriam avançar quando ‘Ministério do Tempo’ fosse terminada, o que não chegou a acontecer. Dos 18 episódios que deveria ter realizado, a Just Up apenas entregou cinco, tendo as gravações dos restantes capítulos sido interrompidas de forma definitiva em junho quando, em comunicado, os atores denunciaram que estavam sem receber há dois meses.
Recorde-se que a Just Up, como o CM revelou na edição de 10 de fevereiro, deixou dívidas de quase dois milhões de euros relacionadas com a produção de ‘Ministério do Tempo’. A maior parte diz respeito a contratos de factoring (recebeu da banca o valor que a RTP ia pagar pelos episódios que nunca entregou) com o BIC e o BCP.
Ao primeiro deve cerca de 400 mil euros, enquanto a dívida ao BCP ronda um milhão de euros. Os espanhóis da Veralia (detentores dos direitos da série) têm a receber quase 500 mil euros. A Just Up deve ainda 60 mil euros à Fundição de Oeiras, onde gravava a série, e cerca de 20 mil ao elenco e equipa técnica.
SAIBA MAIS
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milhões de euros foi o valor contratualizado com a RTP para os 18 episódios de ‘Ministério do Tempo’ (92 mil por episódio, valor incluindo IVA). Mas apenas cinco capítulos foram entregues pela Just Up à empresa pública.
RTP não assume dívidas
A RTP garante que não deu "qualquer fiança ou garantia" à Just Up no contrato de ‘Ministério do Tempo’ e defende que não pode ser chamada a assumir as dívidas. Já Luís Valente, administrador único da produtora, diz que a RTP pode ter de pagar o crédito em falta ao BIC.
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