A edição de hoje
Camões, Francisco José Viegas vai ensinar-nos a compreender melhor Camilo, pelos 200 anos do seu nascimento.
Camilo Castelo Branco não é só ‘Amor de Perdição’, embora a história de Simão e Teresa seja a sua obra mais conhecida, adaptada logo em 1921, ainda no cinema mudo, por Georges Pallu, e depois em 1943, por António Lopes Ribeiro, em 1978 por Manoel de Oliveira e, em 2008, numa leitura mais contemporânea, por Mário Barroso. Nestes primeiros meses do ano, Francisco José Viegas, escritor e editor, contextualiza-nos a obra do escritor e, sobretudo, apresenta-nos o homem e o autor, cuja importância ombreia com a de Eça de Queiroz (embora esta afirmação seja polémica). Esta rubrica inicia-se no ano em que passam 200 anos sobre o seu nascimento, a 16 de março de 1825, em Lisboa. Camilo morreu em São Miguel de Seide, em 1890, deixando escritas obras inolvidáveis como ‘O Judeu’, ‘A Queda de um Anjo’, ‘Eusébio Macário’, ‘A Brasileira de Prazins’, ‘A Freira no Subterrâneo’ ou ‘Novelas do Minho’, entre muitos títulos, numa obra extensíssima.
Já na próxima semana estreiam-se as crónicas do jurista e político Rui Pereira, em que se descodificam os grandes casos de polícia que agitam Portugal. Teremos ainda a atualidade contada em números por João Vaz.
‘A Minha Guerra’, a mais antiga rubrica da imprensa portuguesa, continua a deixar registados os testemunhos dos ex-combatentes da guerra do Ultramar, lembrando a abnegação da luta, o risco, a amizade e também o sofrimento. Memórias de juventude de uma geração de portugueses que são parte integrante da história nacional.
Retornados
No ano em que se cumprem 50 anos de duas datas fraturantes da história portuguesa recente, em que se consolidou o caminho da democracia, iremos ainda contar as histórias daqueles que regressaram dos países africanos tornados independentes com o 25 de abril. Os milhares que retornaram depois de 1974, em particular nos 84 dias de 1975 quando, de malas vazias de esperança, voltaram para recomeçar as suas vidas em Portugal.
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