Ex-guru de Wall Street acusado de torturar modelos da 'Playboy' em "masmorra sexual"

Durante dez anos, Howard Rubin atraiu mulheres com promessas de encontros pagos, mas muitas acabaram por se tornar vítimas de violência extrema.

27 de setembro de 2025 às 11:17
Howard Rubin Foto: Getty
Howard Rubin Foto: Getty
Jennifer Powers Foto: Instagram

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Howard Rubin, um financista de Wall Street reformado, de 70 anos, foi formalmente acusado esta sexta-feira de tráfico sexual e outros crimes, num tribunal federal em Brooklyn, Nova Iorque. De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Howard Rubin e a sua então assistente pessoal, Jennifer Powers, recrutavam mulheres, incluindo antigas modelos da Playboy, para encontros sexuais que acabavam por se transformar em sessões de tortura numa sala secreta da sua penthouse em Manhattan.

Segundo a acusação, Rubin utilizava a sua fortuna para atrair as vítimas, prometendo pagamentos em troca de práticas consensuais de BDSM (bondage, dominação, submissão e sadomasoquismo). Contudo, após aceitarem os termos, muitas destas mulheres eram submetidas a violência que ultrapassava os limites previamente acordados.

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"Conforme alegado, os arguidos usaram a riqueza de Rubin para enganar e recrutar mulheres para se envolverem em atos sexuais em troca de dinheiro, nos quais Rubin depois as torturava para além do consentido, causando dor física e/ou psicológica prolongada, e, nalguns casos, ferimentos físicos", declarou o procurador Joseph Nocella Jr.

A chamada "masmorra sexual" situava-se numa sala insonorizada, equipada com instrumentos de tortura, incluindo uma cruz para imobilização e dispositivos de choques eléctricos. Algumas vítimas chegaram a utilizar palavras de segurança para tentar interromper as agressões, mas, segundo a acusação, Rubin ignorava esses pedidos. Há ainda relatos de mulheres amordaçadas para impedir qualquer resistência e de abusos que continuaram mesmo depois de algumas desmaiarem.

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Entre 2009 e 2019, Rubin e Powers terão gasto mais de um milhão de dólares para manter a rede de recrutamento e exploração. Os encontros realizavam-se inicialmente em hotéis de luxo, mas mais tarde passaram a acontecer no próprio apartamento do financista.

"Isto não foi obra de um só homem. Enquanto Rubin desumanizava estas mulheres com atos sexuais repugnantes, Powers alegadamente geria o dia a dia da operação e era generosamente recompensada pelo seu papel", afirmou Harry T. Chavis Jr., agente especial responsável da Divisão de Investigações Criminais do IRS (Serviço de Receita Interna dos EUA).

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Rubin enfrenta ainda acusações de fraude bancária e transporte interestadual de mulheres para fins sexuais, somando um total de dez acusações formais. Ele e Jennifer Powers foram detidos.

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