Músico estava casado há mais de meio século com Maria Judite, por quem se apaixonou à primeira vista.
Até ao último dia de vida, Carlos do Carmo esteve sempre a seu lado aquele que foi o seu grande amor, com quem estava junto há mais de meio século.
A história de amor entre Carlos do Carmo e Judite começou quando o fadista tinha apenas 24 anos e, segundo o próprio, foi uma paixão fulminante.
Ele, que se considerava um homem muito racional, perdeu-se de amores e em apenas seis meses já estava a pedir a namorada em casamento. "Ela não queria mas atirei-me de cabeça. Olhava para os olhos dela e ficava completamente desvairado. Ainda hoje é bonita. Imagine esta mulher com 24 anos. Era de fazer parar o trânsito", revelou, recentemente em entrevista.
A história de amor resistiu a tudo e Judite manteve-se sempre incondicionalmente ao lado de Carlos do Carmo. Ao seu lado, enfrentou todas as adversidades, principalmente nos últimos anos, altura em que a saúde do fadista se começou a tornar mais frágil.
"Passei por vários momentos muito, muito difíceis. Mas não sou pessoa de me lamentar, tenho tido a sorte de escapar às dores e fiz dos médicos meus amigos. Sou cristão, de vez em quando falo com o meu Deus. Não lhe peço nada, que está muito ocupado, mas sempre lhe digo "decididamente, não queres mesmo que eu vá embora tão cedo". Sobre o que guardo desses momentos quem sabe falar é a minha mulher. Estou mais para lá do que para cá. Imagina o que ela já passou. Numa das vezes, já eu estava a receber a extrema-unção", disse Carlos do Carmo, sobre a saúde.
O músico orgulhava-se da família que tinha construído com Judite e que gerou três filhos. Um feito garantia muito maior do que a sua carreira.
"Não mereci, nem mereço [a mulher]. Está muitos furos acima de mim. Casar com um artista não deve ser fácil. A Maria Judite foi o grande prémio da minha vida, que se estende aos filhos e aos netos".
Nas entrevistas que deu, e em que Judite tinha sempre lugar, o músico falou de uma relação de altos e baixos, como a de outros tantos casais, mas que venceu pelo amor.
"Houve alturas em que estivemos mesmo para nos separar. O mérito foi todo dela para que isso não acontecesse. Também é bom dizer que foi um pacto que nós fizemos, eu ia à luta e ela fazia o trabalho dificílimo que fez".
Carlos do Carmo morreu aos 81 anos, após ter enfrentado nos últimos dois anos momentos difíceis na sua saúde. A mulher e os filhos mantiveram-se sempre a seu lado.
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