Marcus Urban, ex-futebolista e ativista LGBTQ+, afirma que o medo e a pressão continuam a impedir jogadores de se assumirem.
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Marcus Urban, foi o primeiro jogador masculino na Alemanha a assumir-se homossexual publicamente em 2007. 16 anos após ter pendurado as botas, é atualmente um porta-voz de causas LGBTQ+ no desporto e cofundador da Diversero, uma comunidade global que promove a diversidade.
Em declarações ao livro Mensch Fußballstar (em português 'Estrela do Futebol Humana'), do locutor suíço Andreas Boni, que será publicado a 18 de agosto, o ex-jogador afirmou que há futebolistas nas principais ligas europeias que recorrem a "namoradas falsas e casamentos falsos" para ocultar a sua orientação sexual. O jornal alemão 'Bild' obteu um excerto das declarações de Marcos Urban.
Para ele, o principal obstáculo à visibilidade de jogadores homossexuais já não está na imprensa, nos adeptos ou nos clubes, mas sim nos próprios receios dos atletas e no ambiente que os rodeia. "Costumava dizer-se que a culpa era da imprensa e dos adeptos, mas hoje acredito que o problema é o medo interno dos jogadores e das pessoas à sua volta. Acho que quase todos os meios de comunicação apoiariam, os adeptos já não são o problema e os clubes também não", afirmou ao jornal.
Marcos Urban denunciou ainda que, dentro do futebol, existem empresas e agentes que lucram com esta ocultação, organizando relacionamentos fictícios ou encontros sexuais. "Namoradas falsas são organizadas, casamentos falsos são arranjados. Também existem agências que promovem organizam encontros sexuais e ganham muito dinheiro com isso. Por vezes, são os próprios agentes a organizar para manterem os jogadores sob controlo", denunciou, acrescentando: "Também há casais gays na Bundesliga, e eles são muito simpáticos e muito bonitos. E talvez chegue o dia em que eles se assumam."
Urban contou que no passado chegou se a planear um momento conjunto para que vários jogadores se assumissem publicamente, a 17 de maio de 2024, mas nenhum acabou por avançar. Segundo ele, advogados, assessores e até familiares terão aconselhado os atletas a manterem o silêncio. "Os jogadores são repetidamente contrariados no seu desejo de liberdade. Ainda há muitas pessoas ao redor deles que os aconselham contra isso. Advogados, assessores, familiares, pessoas que se aproveitam do dinheiro e da fama deles e projetam o seu falso cuidado e os seus próprios medos nos jogadores", afirmou.
Atualmente, não há futebolistas assumidamente homossexuais a jogar na Premier League. O último caso na alta competição inglesa foi o de Jake Daniels, avançado do Blackpool Town, que se assumiu em 2021, tornando-se o primeiro jogador profissional britânico em atividade a fazê-lo desde Justin Fashanu, em 1990.
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