Há oito anos na cmtv, a apresentadora abraçou um novo desafio no canal: as tardes. Falou à ‘Vidas’ como foi a preparação e mostrou-se pronta para revelar uma faceta que os telespectadores ainda não conhecem.
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Estreou, na semana passada semana, o ‘Tarde CM’, na CMTV. Como é que define este novo formato?
É um espaço para conversar, divulgar situações difíceis, celebrar vitórias de pessoas que conseguiram triunfar e cumprir os seus sonhos. Temos o apoio de especialistas, que ajudam em determinada área. Vamos ter também um cheirinho, um lamiré de cor-de-rosa. É um espaço respirado, com tempo para conversar, como se estivéssemos em casa, sem olhar para o relógio.
Como é que surgiu o convite?
Estava há oito anos a fazer o programa da manhã até ao dia em que fui chamada à direção. Não sabia o que me esperava. Naturalmente, algo de bom, mas não sabia o quê. Propuseram-me este desafio de abraçar um novo segmento na CMTV, num horário que nunca teve entretenimento. É um desafio muito grande. Não podia dizer que não.
Foi um projeto mantido em segredo durante muito tempo. Como é que foi todo o processo de bastidores?
Foi falado no início deste ano. Entretanto, meteu-se o confinamento que fez com que atrasássemos as reuniões e planos. Logo que foi possível agilizar, fizemos tudo em tempo recorde. Este desafio obrigou-me a mudar rotinas. Eu tenho esta capacidade de adaptação, como qualquer Sagitário. Gosto de mudanças. Já tenho a minha vida toda reestruturada para estar neste projeto.
É um programa mais emotivo. Está preparada para chorar?
As emoções fazem parte de mim, mas não mostro tanto. Quando se faz um programa em dupla, como eu fiz durante tanto tempo, torna-se difícil mostrar esse lado porque temos o companheiro que nos ajuda. Fui ‘salva’ muitas vezes pela pessoa que estava ao meu lado. Esta é uma experiência a solo que me vai permitir ser eu. Emociono-me sempre, embora tente sempre reservar o lado mais positivo. O público vai ver, com toda a certeza, uma Maya diferente.
Tem tido histórias de pessoas resilientes, que superaram vários obstáculos. Esta é também uma característica sua?
Sem dúvida. Ainda agora, em tempos de pandemia, em que tivemos todos confinados em casa, obriguei-me a fazer coisas que não fazia. Desenvolvi o meu projeto das Mandalas que vai ser editado este mês. Fiz vídeos de culinária e roupa, coisas para me manter ocupada. Temos capacidades que às vezes nunca explorámos e estes tempos ajudaram a que nos reinventássemos. Agora, estou de volta com ânimo e muita garra.
Está a lutar com os ‘leões’ das tardes, o Manuel Luís Goucha, Júlia Pinheiro e Tânia Ribas de Oliveira. É uma motivação extra?
Sinto-me preparada para tudo. Nós, na CMTV, trabalhamos num segmento com um alvo diferente, até porque ainda estamos no Cabo. Os meus queridos colegas estão em sinal aberto. Não vou entrar neste horário para combater o Manel, a Júlia ou a Tânia, mas se conseguir roubar uns pontinhos, melhor. Esta disputa também tem graça, sempre com o maior dos respeitos. Aqui a luta é afirmarmo-nos dentro daquilo que é o nosso projeto. Acredito que a CMTV é a estação que está no coração dos portugueses.
É o projeto certo na idade certa?
Chego aos 60 anos com muita experiência e espero que com muita cultura e aprendizagens. A minha idade é esta, mas não sinto esse peso. Sinto que estou numa forma em que já podia ter estado noutras alturas da minha vida, também pelos meus hábitos saudáveis. Não sou uma pessoa de passado, mas sou uma pessoa de memórias e vivências.
Que sentimento guarda do que está para trás?
Há um conforto do caminho que se percorreu, mas que continua. Se uma pessoa não se sente estável, culta, harmoniosa é porque alguma coisa correu mal. Eu estou numa fase muito agradável, muito saborosa.
Houve alguma fase mais especial?
Fui muito feliz em todas as épocas da minha vida. Aos 30, fui mãe. Na década dos 40, entrei em força na televisão e assumi um plano de alguma dimensão na área dos eventos e festas. Posso dizer que fui uma ‘rainha da noite’. Aos 48 anos, fiz a capa de uma revista masculina. Aos 50, abracei o projeto da CMTV, que mantenho com muito orgulho. Não tenho uma época da minha vida que eu diga que foi uma época de ouro.
Viveu muitos acasos.
Nunca quis ser apresentadora, nem famosa. Eu era famosa lá na minha rua e pelas festas que organizava na Ericeira. A vida foi-me trazendo coisas muito boas. Acredito no destino, se o soubermos aproveitar.
Cumpriu tudo?
Houve pessoas muito importantes na minha vida, que me ajudaram e confiaram em mim. É o caso do Octávio Ribeiro. É um dos homens da minha vida pelo apoio que me deu. Escolheu-me sempre para os projetos dele. Podem dizer: ‘A Maya tem muitos defeitos’. Há um que ninguém pode dizer: é que eu não sou trabalhadora. Sou muito focada e cumpridora em todos os meus projetos. Eu subi pelo meu trabalho.
A imagem é ainda uma preocupação?
Não tenho grande afeição por cirurgias plásticas, só coloquei implantes mamários. Os meus limites são a saúde. Houve uma altura em que engordei. Neste momento, tenho menos dez quilos. Mudei alguns hábitos alimentares, sem prescindir de nada. Comecei a fazer caminhadas diárias e logo que possa vou voltar ao paddle. Vou tentar manter estas rotinas mais saudáveis.
O seu filho Vasco é um apoio incondicional?
O Vasco tem a vida dele e também já não vive comigo. Partilhamos alguns dias, mas tem a dinâmica dele. Apoia-me em tudo, mas é mais reservado do que eu. Não gosta de aparecer. É assim também com toda a minha família. O Vasco apoia-me incondicionalmente em tudo aquilo que eu precisar. Está sempre presente para qualquer coisa.
Os amigos também são importantes?
Sou muito seletiva. Na minha vida estão as pessoas que eu gosto de ter na minha vida. Tenho um excelente filho, os amigos que quero ter e as minhas cadelas. Profissionalmente, tenho a vantagem de trabalhar numa casa em que se tenta que todos estejam confortáveis quando estão a trabalhar. Parto para o ‘Tarde CM’ com a equipa que eu queria ter.
É hoje uma mulher realizada?
Estou muito orgulhosa daquilo que tenho conseguido e de ser a mulher que sou.
Agradecimentos:
Just for Her Oeiras Parque
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