O modelo de 21 anos passou a estar sob a custódia do Departamento de Correcção Prisional da cidade de Nova Iorque
Renato Seabra passou a estar sob a custódia do Departamento de Correcção Prisional da cidade de Nova Iorque, apesar de continuar detido na ala prisional do hospital psiquiátrico de Bellevue.
Os agentes do Departamento de Polícia de Nova Iorque abandonaram o local e já não estão a vigiar o português acusado da morte de Carlos Castro, assassinado num hotel no dia 7 de Janeiro. Essa responsabilidade é agora dos agentes do Departamento de Correcção e da equipa médica do hospital, não havendo indicações sobre se Renato recebe vigilância especial.
"A partir do momento em que comparece frente a um juiz, o detido passa a estar sob responsabilidade do Departamento de Correcção e sob vigilância dos seus agentes", explicou ao CMStevenMorello, das relações públicas do departamento.
Renato Seabra continua assim no mesmo local e mantém-se vigiado pelas autoridades. "Apenas o seu estatuto se altera, visto ter sido apresentado a um juiz. Renato conhece agora as acusações de que é alvo e está formalmente acusado", acrescentou Morello.
O modelo de 21 anos tem a sua audiência marcada no TribunalSupremodoEstado para o próximo dia 1 de Fevereiro, mas poderá sair antes do hospital. "Se os médicos lhe derem alta entretanto, ele será transferido para uma prisão da cidade antes de ser presente a tribunal", confirmou o Departamento de Correcção. Nesse caso, no entanto, ainda não está definida a prisão para onde poderá ser transferido, mas mantém-se a hipótese de RikersIsland. "Temos detidos neste tipo de situações, com problemaspsiquiátricos, noutras prisões do Bronx ou Manhattan", disse Steven Morello.
Renato foi presente a um juiz por videoconferência na passada sexta-feira, numa audiência que durou apenas 54 segundos. Acompanhado pelo seu advogado, apresentou-se com a roupa do hospital. Manteve sempre o olhar baixo e só o levantou quando soube que não era autorizada a divulgação de fotografias aos jornalistas.
ESCONDEU DOS AMIGOS COM QUEM VIAJAVA
Nos últimos três meses, desde que iniciou o relacionamento com Carlos Castro, o jovem manequim, de 21 anos, começou a construir uma vida dupla. Neste período, escondeu a proximidade ao jornalista e sobrevalorizou a sua carreia no mundo da moda. Pelo Natal, antes de partir para Nova Iorque, Renato Seabra recusou dizer aos amigos próximos com quem ia viajar, adiantando apenas que se deslocava em trabalho com uma pessoa influente. Noutras alturas, mostrou à família fotografias, no telemóvel e no computador portátil, que disse serem de trabalhos.
Este expediente serviria, por exemplo, para justificar as transferências de dinheiro da conta de Carlos Castro para a sua. Mas o jovem de Cantanhede não podia ser agenciado pela vítima do crime, porque tem um contrato de exclusividade com a Face Models, de FátimaLopes, e os castings não são pagos. Carlos Castro dizia que era seu amante, mas a família do manequim nega.
"NUNCA FOI HOMOSSEXUAL"
Em Cantanhede, a população ainda incrédula continua a mostrar a sua solidariedade, sobretudo para com OdíliaPereira e a filha, Joana Seabra. "Ele era amigo do seu amigo. Um miúdo impecável. E depois do programa [‘À Procura do Sonho', SIC] não ficou diferente. Estou chocado. Tudo isto é lamentável. E o miúdo nunca foi homossexual", diz Eugénio Oliveira, de 38 anos, amigo da família.
O vizinho Carlos Pinto, de 44 anos, também lamenta os acontecimentos: "Ainda em 2010 estive com ele numa festa no Rex [um bar em Cantanhede]. Isto parece impossível. Ele era calmoeducado e tímido."
Os familiares e amigos já fizeram duas vigílias pela família de Renato Seabra, lançaram uma petição a pedir a sua extradição para Portugal e estão ainda dispostos a abrir uma conta bancária para suportar a sua defesa.
PORMENORES
1100 EUROS POR DIA
O internamento no hospital de Bellevue, com os cuidados da equipa de psiquiatria, custa 1400 dólares (cerca de 1100 euros) por dia. Sendo Renato Seabra um prisioneiro, a conta é directamente debitada ao estado de Nova Iorque.
PRISÃO DE RIKERS ISLAND
O complexo de RikersIsland é a cadeia de alta-segurança do estado de Nova Iorque. Inaugurada em 1932, a prisão situa-se numa ilha com 167 hectares e acolhe cerca de 12 mil presos - o número total de reclusos em Portugal.
DIVORCIADOS
Renato Seabra viveu desde os quatro anos apenas com a mãe e a irmã, Joana Seabra, quatro anos mais velha, na sequência do divórcio dos pais, que não foi nada pacífico. A casa onde cresceu situa-se no centro de Cantanhede.
PAI NOS EUA
Joaquim Seabra, pai do modelo, continua nos EUA e também já esteve com o filho. O enfermeiro, a viver no Algarve, terá demonstrado vontade de ajudar a pagar a defesa do jovem acusado de homicídio.
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