Aos 27 anos, Samanta Castilho sonha com um lugar no mundo da representação e com uma vida amorosa condizente com o sucesso profissional
Aos 27 anos, Samanta Castilho sonha com um lugar no mundo da representação e com uma vida amorosa condizente com o sucesso profissional. Apesar de ter lidado com a separação dos pais, a modelo acredita que o seu namoro com Vítor Ennes é para o resto da vida.
- Começou a carreira como modelo já tarde, incentivada pelo namorado, o também manequim Vítor Ennes. Nunca lhe tinha passado pela cabeça trabalhar nesta área?
- Nunca tive esse sonho, como a maior parte dos adolescentes. A minha mãe é que achava que eu tinha potencial e devia tentar qualquer coisa, o meu pai nem tanto. Mas, como eu não tinha muito interesse, na altura acabei por não investir. A sério, isto surgiu com influência do Vítor, ou seja, já foi um pouco tarde. Antes disso tinha feito algumas coisas por acaso, porque estava numa agência de promoções e começaram a chamar-me para outro tipo de trabalhos. Fiz um catálogo para a Quebramar, que foi uma coisa que caiu um bocadinho do céu. Depois não continuei, porque fui para Londres dois anos, e só quando conheci o Vítor é que comecei a trabalhar a sério, porque ele achava que era um desperdício eu não estar a fazer nada como modelo.
- Não sendo um sonho, depois ganhou-lhe o gosto?
- Ganhei e, essencialmente, aprendi a ultrapassar a minha timidez, porque a grande barreira para eu não ter tido a iniciativa de trabalhar na moda mais cedo foi a falta de confiança em mim própria. Tenho vindo a ultrapassar isso e cada vez mais gosto de estar em cima de uma passerelle e a posar para uma máquina fotográfica. É um gosto adquirido, mas há outro que neste momento se está a sobrepor, que é o da representação.
- De onde é que vinha essa timidez?
- É de feitio, mas já me disseram que, em relação à representação, a maioria dos actores até são tímidos na vida real e descobrem na representação um escape. Quem está ali não são eles, é uma personagem. Portanto, podem fazer aquilo que na vida real não conseguem devido à timidez.
- Como é que conheceu o Vítor?
- No ginásio. Frequentávamos o mesmo mas só comecei a reparar no Vítor quando, um dia, ele foi treinar com um amigo que temos em comum. E achei logo que ele tinha um sorriso muito sincero, que me atraía, e uma pureza que eu não encontrava em muita gente. Então, um dia, dei o primeiro passo e fui falar com ele, com a desculpa que o amigo não estava e que ele não tinha ninguém para treinar. A partir daí começámos a falar e pouco tempo depois estávamos juntos.
- Já estão juntos há quanto tempo?
- Dois anos e sete meses.
- Sente que encontrou o homem da sua vida?
- Sim, sinto-me realizada neste momento.
- Pensa em casamento?
- Sim, acho que todas as mulheres românticas, como é o meu caso, têm esse sonho. Nunca imaginei como seria o dia do meu casamento mas faz parte dos planos. Não para já mas talvez para o ano...
- Já falaram sobre isso?
- Sim. Não muito a sério, mas vamos falando (risos).
- E ter filhos, também faz parte dos seus planos?
- Sonho ser mãe. Acho que é uma experiência que todas as mulheres devem viver mas sei que agora não seria o melhor momento, porque é uma grande responsabilidade. A nível de trabalho também não tenho as coisas muito bem definidas, e a partir do momento em que uma pessoa tem um filho o foco da nossa vida deixa de ser a nossa pessoa e passa a ser aquele ser. Nada vai ser igual, e não quero ter um filho para deixá-lo ao cuidado de outras pessoas.
- São um casal estável. Qual é o vosso segredo?
- O nosso segredo é a compreensão, a tolerância e aprender a ceder, porque temos feitios diferentes. Há coisas no nosso feitio que não vão mudar e nós temos de aceitar o outro como ele é. Acho que isso é o principal para conseguirmos manter uma relação equilibrada.
- Já vivem juntos?
- Sim, há um ano.
- Como tem sido desde então?
- As coisas correm bem. Se calhar, agora, como vivemos juntos, houve uma fase em que sentíamos que estávamos muito tempo um com o outro e, quando nos zangávamos, já não podia ir cada um para seu lado. Temos que aprender a resolver o conflito porque nos vamos deitar na mesma cama. Mas está a ser óptimo e, para mim, a única coisinha em que o Vítor, às vezes, falha é nas coisas da casa. Os homens só fazem as tarefas domésticas quando lhes pedimos e, como não temos empregada, temos de nos esforçar e fazer os dois.
- É muito romântica. E gosta de fazer surpresas?
- Adoro fazê-las, e também gosto de receber, claro. Já fiz muitas ao Vítor, como irmos ao ginásio em carros diferentes e eu deixar-lhe um papelinho romântico no carro. E ele também já me fez surpresas giras...
- São muito ciumentos um com o outro?
- Ele diz que eu sou muito ciumenta e eu também acho que ele, nalgumas coisas, o é; mas acho que somos equilibrados. É bom haver ciúme q.b., não pode é ser em demasia.
- O que vê no Vítor para a levar a achar que é o homem da sua vida?
- Essencialmente, é muito boa pessoa e tem um coração enorme. E sinto que gosta de mim como nunca senti que alguém gostasse. Ele gosta de mim pela pessoa que sou e eu gosto dele independente dos defeitos que possa ter. Ele é o meu fã número um e quem mais acredita nas minhas capacidades. Por isso, até decidimos que ele seria o meu agente.
- Está a tirar um workshop de representação. Como é que está a correr?
- Muito bem. São três meses de workshop, mais direccionado para televisão, que era algo que eu gostava de experimentar. E, entretanto, também estou com perspectivas de fazer qualquer coisa em cinema. Mas ainda não posso adiantar nada, porque não é nada certo. Vamos ver se surge uma oportunidade.
- O que gostava de fazer?
- Qualquer oportunidade que surja seria para agarrar. Gostava de explorar todas as áreas da representação.
- Já se sente preparada para castings?
- Sim, já tenho ido a bastantes castings de publicidade, que não é tão complicado, e, estando a aprender técnicas direccionadas para a televisão, acho que me sinto confiante para começar a apostar a sério. Já fiz um casting para uma longa-metragem, foi o primeiro, e estou à espera de uma resposta.
- Apesar de estar mais direccionada para as artes, cursou Engenharia Informática. Porquê?
- Não acabei, desisti, porque não aguentava aquilo... Na altura, quando acabei o 12º ano, não sabia o que havia de fazer e pedi conselhos ao meu pai, que era professor do ensino superior. Ele identificou Engenharia Informática como um dos cursos que achava que podiam ter grande futuro e, preocupado com a situação em que o País se encontra, achou que era uma boa opção. E eu, na altura, como não tinha nada que quisesse, de facto, seguir, fui para Engenharia. Depois fui ficando mais do que devia, porque tinha um namorado que também estava nesse curso, e deixei arrastar as coisas. Até que percebi que aquilo não me satisfazia e mudei...
- Tirou o quê a seguir?
- Desisti, e surgiu a ideia de ir para fora, para Londres. Pensei num curso que conciliasse o meu gosto artístico e que me desse algumas garantias de futuro. Comecei a tirar Arquitectura e senti que, apesar de ter mais a ver com o que eu gostava, ainda não era o certo.
- Como é que foi viver dois anos em Londres?
- Foi bom. Apesar de eu ter decidido não continuar o curso, gostei muito da experiência de viver em Londres. Foi muito enriquecedor. Fui para lá sozinha, aos 21 anos, e senti-me perfeitamente em casa.
- Aproveitou o facto de estar longe dos pais pela primeira vez para cometer algumas loucuras?
- Não, não fiz disparates por estar sozinha, continuei a minha vida normal, tal como fazia em casa. Tive uma maior independência, mas eu sempre senti que a tinha em casa dos meus pais. Eles nunca me proibiram de nada e, no entanto, eu nunca fumei, nunca bebi e nunca me droguei.
- Qual foi, então, a maior loucura que fez?
- Ter viajado para São Paulo e não dizer nada ao meu pai. Foi no início do meu namoro com o Vítor e, como o meu pai ainda não sabia que nós namorávamos, não disse nada. Entretanto, ele ligou-me quando eu estava no Brasil e eu menti-lhe, a dizer que estava em Lisboa. Mas depois ele acabou por descobrir e ainda foi pior a emenda que o soneto.
- Tem uma ligação muito forte com os seus pais?
- Não sou tanto como eles queriam, porque os meus pais estão separados desde que eu tinha 14 anos, e desde essa altura há sempre aquela luta de quando é que eu vou estar com um e com outro. Mas faço o possível para estar o máximo de tempo com eles.
- Custou-lhe muito a separação?
- Na altura não fui contra, porque percebi que se eles não estavam felizes mais valia separarem-se. Claro que não vou dizer que as pessoas não sofrem com uma separação, traz sempre problemas, mas acho que o essencial é as pessoas serem felizes, e um casal, se não está feliz, também não vai fazer os filhos felizes.
- Acredita em relações para o resto da vida?
- Acho que cada vez são mais raras mas acredito que é possível. Acho que o ser humano não foi feito para ter só uma relação na vida inteira, e é normal que ao longo da vida tenhamos vários relacionamentos até encontrarmos ‘aquela' pessoa. Mas acredito que, depois de eu ter tido alguns namorados e de ter encontrado o Vítor, ache possível eu ficar com ele até sermos velhinhos.
INTIMIDADES
- Quem gostaria de convidar para um jantar a dois?
- O meu namorado [o manequim Vítor Ennes].
- Não consigo resistir a...
- ... um bom gelado. Não sou muito gulosa, só para determinadas coisas. Gelados é uma delas...
- Se pudesse, o que mudava no corpo e no feitio?
- No meu feitio, dava-me mais paciência. No corpo, acho que todas as mulheres querem sempre mudar qualquer coisa. Em geral, estou satisfeita, mas se pudesse tonificava um bocadinho mais o corpo.
- Sinto-me melhor quando...
- Quando estou realizada a nível profissional e pessoal.
- O que não suporta no sexo oposto?
- O egoísmo.
- Qual é o pequeno crime diário?
- O vício de me deitar tarde. Regra geral, fico em casa, mas acabo sempre por arranjar 1500 coisas para fazer, distraio--me, e às tantas são três da manhã e ainda estou acordada. É um hábito que quero mudar.
- O que seria capaz de fazer por amor?
- Sou capaz de fazer muitas loucuras, aliás, já as fiz. Sou capaz de pegar no carro e conduzir quilómetros, à hora que for, para me encontrar com o meu namorado. E também já preenchi milhares de papelinhos com frases românticas e colei na parede de um quarto.
- Complete. A minha vida é...
- ... bastante ocupada mas muito feliz.
PERFIL
Samanta Castilho tem 27 anos e começou a carreira de modelo já tarde, por influência do namorado, Vítor Ennes, com quem mantém um relacionamento há mais de dois anos. Feliz na vida pessoal, Samanta procura agora o reconhecimento profissional, onde espera conseguir um lugar no mundo da representação. Para isso, está a tirar um workshop na área e já começou a ir a castings.
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