Artigo exclusivo
Esqueça a velha história de que só os mal-casados são infiéis. Há gente feliz que trai para escapar à monotonia ou devido a uma crise de identidade. Por vezes, até une casais. No seu livro, a terapeuta Esther Perel explica tudo.
Antes traíamos porque não nos casávamos por amor e um dia... apaixonávamo-nos. Agora, casamos por amor e traímos, na mesma. Porque nos desapaixonamos? Porque somos infelizes? Ou simplesmente por tédio? No livro, The State of Affairs: Rethinking Infidelity (Harper Collins, Outubro de 2017), a psicóloga e terapeuta Esther Perel (Antuérpia, 1958), best-seller norte-americana com direito e discurso nas TED Talks, diz que é redutor pensar que só os infelizes traem. A especialista, que conduz um programa áudio inovador de aconselhamento para casais – Were Should We Begin –, avança com vários factores para explicar a infidelidade e defende que, quando um casal quer mesmo ficar junto, uma relação extraconjugal pode até ser benéfica. Num extenso artigo publicado pela revista Atlantic, Perel explica que, tal como o conceito de casamento se alterou, substancialmente, nas últimas décadas, também a questão da infidelidade tem, hoje, nuances bem diferentes. Já não se trata, simplesmente, de procurar fora aquilo que a relação não está a dar, mas de exigir que o casamento forneça tudo: segurança, companheirismo, confiança e amor, mas também paixão, aventura e risco. E, como bem nota a especialista, há aqui conceitos impossíveis de conciliar.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
E usufrua de todas as vantagens de ser assinante