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PME inovadoras encontram oportunidades na sustentabilidade

Start-ups e empreendedores sabem que a sustentabilidade é crucial para os negócios. PME inovadoras podem impulsionar sustentabilidade das grandes empresas

10 de dezembro de 2024 às 18:22

O empreendedorismo e as start-ups encontram na concretização da agenda ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governanção) claras oportunidades de negócio através da inovação. A sustentabilidade surge cada vez mais como uma oportunidade para impulsionar a competitividade e a resiliência no mercado,  e é cada vez mais percebida pelas empresas como um investimento e não como um custo.

Esta foi a perspetiva partilhada por Joaquim Macedo de Sousa, diretor executivo do HIESE, uma estrutura de fomento da inovação e do empreendedorismo no meio rural, que nasceu de uma parceria entre o município de Penela e o Instituto Pedro Nunes, da Universidade de Coimbra. Joaquim Macedo de Sousa juntou-se numa conversa com Nuno Megre, responsável de Sustentabilidade da Generali Tranquilidade, que ficou registada no segundo videocast produzido no âmbito do SME EnterPRIZE – Prémio Europeu de Sustentabilidade para PME. Esta iniciativa da Generali Tranquilidade procura justamente promover práticas empresariais sustentáveis e apoiar o crescimento responsável das PME.

Não ouvimos falar de empresas que tenham entrado neste caminho da sustentabilidade e depois tenham saído
Nuno Megre

Responsável de Sustentabilidade da Generali Tranquilidade

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Nuno Megre, responsável de Sustentabilidade da Generali Tranquilidade

Sustentabilidade no ADN

Para Joaquim Macedo de Sousa, “as start-ups acabam por ter no seu ADN a sustentabilidade e a inovação. São empresas que percebem que, para serem competitivas no mercado nacional e global, têm de atender aos temas da sustentabilidade.” No caso do HIESE, e segundo o seu diretor executivo, “os empreendedores são essencialmente pessoas com uma formação muito elevada, que iniciaram start-ups de base tecnológica em resultado de projetos de investigação iniciados na universidade”. O que gera um perfil “com uma grande apetência pelo risco, de pessoas que gostam de inovar, que gostam de trazer soluções que possam melhorar a sociedade”, afirma.

Entretanto, os temas da sustentabilidade continuam a ganhar importância no tecido das PME, muito além do universo restrito das start-ups, como nota Nuno Megre, responsável de Sustentabilidade da Generali Tranquilidade: “A sustentabilidade é uma realidade e a tendência é estar presente de forma cada vez mais efetiva em todo o tecido empresarial." Esta perceção é confirmada pela evolução dos resultados do estudo que a Escola de Negócios SDA Bocconi desenvolve para o Grupo Generali, e que procura avaliar a evolução desta temática no seio das PME em toda a Europa, incluindo Portugal. Este estudo, afirma Nuno Megre, “mostra que todos os anos há um número crescente de empresas que formaliza na sua estratégia, ou nos seus planos de ação, objetivos de sustentabilidade. Eu diria que é uma tendência irreversível, apesar de, como em todas as grandes mudanças, existirem ciclos de maior e menor entusiasmo”, nota.

Enorme diversidade

O que ambos os convidados do videocast reconhecem é que o tecido empresarial das PME contém uma enorme diversidade de empresas, com capacidades muito díspares para cumprir os novos regulamentos e a legislação que se desenha no horizonte, para cumprir os crescentes requisitos de sustentabilidade vindos dos consumidores e das grandes empresas, e para aproveitar os apoios disponíveis para facilitar esta transição. Neste contexto, para Nuno Megre: “Existe uma vontade do legislador de apoiar, de dar mais incentivos, de desenvolver, de simplificar, ou seja, de impor um caminho, mas de ajudar as empresas a percorrê-lo.” Existe também, na sua opinião, “uma grande sensibilidade nas associações empresariais de cada um dos setores – porque cada setor tem a sua realidade própria – de ajudar os seus associados nesse caminho”. E, por fim, “as próprias grandes empresas também têm um papel de facilitadores da evolução das PME que estão dentro da sua cadeia de valor, no sentido de uma maior sustentabilidade”, afirma.

As start-ups acabam por ter no seu DNA a sustentabilidade e a inovação
Joaquim Macedo de Sousa

Diretor executivo do HIESE

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Joaquim Macedo de Sousa, diretor executivo do HIESE

PME também lideram

Para Joaquim Macedo de Sousa, há PME que estão a liderar e a apoiar as empresas no caminho da sustentabilidade, por via da inovação: “Em Portugal, estamos já a trabalhar muito com o conceito de inovação aberta, e com os centros de inovação, para pôr o sistema científico e tecnológico, as start-ups de base tecnológica, as PME mais tradicionais, e as grandes empresas, a cooperar para trazer novas soluções em termos de sustentabilidade.” Neste contexto, “as start-ups vão ser pivôs, porque fazem com muita facilidade a ligação entre os centros de inovação e as grandes empresas que, apesar dos recursos de que dispõem, têm alguma inércia natural em desenvolver e adotar soluções que promovam a mudança na direção da sustentabilidade”, conclui.

Business case

Nesta realidade, uma questão que surge muitas vezes, segundo Nuno Megre, “é a do business case da sustentabilidade”. No entanto, nota, “não ouvimos falar de empresas que tenham entrado neste caminho da sustentabilidade e depois tenham saído. Quando muito sabemos de grandes empresas que tinham estabelecido metas talvez demasiado ambiciosas e que depois ajustaram o ritmo, mas não conhecemos casos de arrependimento.” Aliás, o próprio estudo da SDA Bocconi mostra que as empresas que iniciam esse caminho sentem os benefícios e continuam, mesmo que experimentem dificuldades.

Para Joaquim Macedo de Sousa, os verdadeiros benefícios da aposta na sustentabilidade irão para quem se souber pôr numa posição de liderança através da inovação neste tema: “As start-ups e o empreendedorismo surgem como formas privilegiadas de olhar a agenda ESG mais como fonte de oportunidades do que como fonte de desafios.” Este ecossistema, garante, “pode ter um papel importante na criação de conhecimento, de modelos de negócio, de propostas de valor que ajudem o tecido empresarial português a evoluir no caminho da sustentabilidade”, conclui.

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