Movimento de Midões queixa-se do governo e da CCDR do Centro por falta de apoios.
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O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) exigiu hoje que o ministro da Agricultura e que a direção da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) se demitam.
Em causa está, de acordo com o movimento, o facto de o ministério e a comissão não estarem a conceder apoios da mesma forma que aconteceu nos fogos de junho de 2017 em Pedrógão Grande e não "conhecerem a realidade resultante dos incêndios de 15 de outubro", também em 2017, que provocaram 48 mortos e milhões de euros de prejuízo, além da destruição de centenas de empresas, milhares de casas e uma vasta área florestal.
Esta associação tem reivindicado celeridade nos processos de pagamento nas indústrias ou habitação, a reabertura de linhas de apoios para os lesados agrícolas ou novas oportunidades de candidatura e ainda ajudas para a floresta, entre outras temáticas.
O movimento vai igualmente avançar com um processo conjunto contra o Estado português, pedindo por isso a todos os lesados pelos fogos que peçam junto das autoridades o "estatuto de vítima".
"A MAAVIM está a avançar com uma petição para a abertura dos apoios aos lesados dos incêndios, para que todos tenham acesso, sem burocracias, aos apoios aprovados em Assembleia da Republica, pela portaria 347/2017. Contamos já com 1.000 assinaturas, mas queremos 4.000 assinaturas para levarmos o assunto à Assembleia da República", informou, em comunicado.
"Efetuámos cerca de uma centena de candidaturas aos projetos simples de restituição produtiva, num valor aproximado de 400.000 euros, e elaborámos 12 candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Regional 2020, sem qualquer custo, num valor de mais de três milhões de euros", acrescentou.
O movimento sublinhou que isto só foi possível com os donativos de mais de 100 grupos de voluntários: "Os vários grupos de voluntários organizados e privados, onde a MAAVIM está incluída, como a associação que mais distribuiu ajuda nas zonas afetadas, ajudaram as mais de 300.000 pessoas afetadas pelos incêndios de outubro".
O movimento, que hoje fez um balanço da sua atividade, iniciativa que serviu igualmente para reivindicar apoios, vai enviar para a Presidência da República, para a Assembleia da República, para a Comissão Europeia e demais órgãos sociais um caderno reivindicativo com diversos documentos que comprovam a ausência de apoio estatal e com os diversos problemas que atingem os lesados pelos fogos de há cinco meses.
O extenso documento aponta problemas no setor da primeira habitação, floresta, segunda habitação, indústria, agricultura, nos canais de informação e ainda as dificuldades com que se deparam os emigrantes e os deslocados.
Entre várias outras exigências, pede-se ainda que o sistema de apoio dado após os incêndios de Pedrógão Grande, que mataram pelo menos 66 pessoas, seja replicado na região Centro, a mais atingida em outubro de 2017.
A MAAVIM já distribuiu mais de 60 toneladas de batatas, 45 toneladas de alimentos, mais de 6.000 produtos de higiene, mais de 20.000 peças de roupa, diversos brinquedos, 25.000 quilos de ração, 13.000 árvores (carvalhos, azinheiras, sobreiros, oliveiras, entre outras), 500 toneladas de material de construção (destacando-se 100 paletes de tijolo, 10 paletes de cimento e 15 toneladas de ferro), dezenas de alfaias e pequenas máquinas agrícolas, que se adquiriram com os donativos para os casos mais urgentes.
O movimento entregou ainda diverso mobiliário e centenas de eletrodomésticos, assim como distribuiu mais de 200 toneladas de palha para alimentação animal, sementes para semear os campos, 500 cabazes de Natal e, hoje, mais de 1.000 árvores de fruto, 500 oliveiras, 1.000 quilos de maçã e 1.000 compotas.
Através da MAAVIM, foram sinalizadas mais de 3.000 famílias, que foram ajudadas com diversos bens nos concelhos de Tábua, Oliveira Do Hospital, Arganil, Góis, Seia, Gouveia, Nelas, Carregal do Sal, Tondela, Santa Comba Dão, Mangualde, Penacova, Vila Nova de Poiares e Lousã.
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