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Mar de fãs acompanha Marília Mendonça até ao cemitério em cortejo de quilómetros de comoção e saudade

Cortejo fúnebre foi tão gigantesco que demorou uma hora e meia para percorrer os pouco mais de 10 quilómetros do velório até ao cemitério.

06 de novembro de 2021 às 22:58

Um imenso mar de fãs acompanhou no final da tarde deste sábado pelas ruas da cidade brasileira de Goiânia o cortejo que levou a cantora Marília Mendonça até ao Cemitério Parque Memorial, onde a artista foi sepultada pouco antes das 19 horas locais, 22 horas em Lisboa. Marília Mendonça, de 26 anos, morreu na tarde desta sexta-feira quando o avião que a levava para fazer um show na cidade de Caratinga, no vizinho estado de Minas Gerais, se despenhou sobre rochas que ladeiam um rio após colidir com cabos de alta tensão ja muito perto do aeroporto de destino, matando todos os cinco ocupantes.

O cortejo fúnebre, acompanhado por admiradores da cantora em carros, motas e até bicicletas, foi tão gigantesco que demorou uma hora e meia para percorrer os pouco mais de 10 quilómetros entre o ginásio Goiânia Arena, onde decorreu o velório, e o cemitério. Ao longo das avenidas de Goiânia e das estradas federais que levam ao cemitério, localizado fora da cidade, outros fãs profundamente emocionados renderam a sua última homenagem à cantora, conhecida como a "Raínha da Sofrência", aplaudindo, gritando o nome dela e exibindo cartazes improvisados com frases de amor, gratidão e já muita saudade.

Em cima do carro dos Bombeiros que levava o caixão da artista, as cantoras Maiara & Maraísa, que iniciariam em breve uma digressão com Marília por vários estados do brasil e países da Europa, entre eles Portugal, não pararam de chorar um minuto sequer. Perto delas e da família da cantora, o cantor Henrique, da dupla Henrique & Juliano, que anos atrás namorou com Marília e foi um dos maiores incentivadores para que ela deixasse de ser apenas compositora e passasse a cantar, também chorava em prantos e teve de ser socorrido por bombeiros ao passar mal.

Logo atrás dos carros dos Bombeiros e dos da família, dezenas de autocarros de famosos cantores acompanharam todo o trajecto, evidenciando como a jovem artista era querida pelos colegas de profissão, boa parte dos quais cancelou todos os shows desde que a notícia do terrível acidente foi divulgada. Junto ao cemitério, e apesar de se saber que o sepultamento seria restrito à família e alguns amigos, outra multidão esperou horas pela chegada do cortejo e continuou no local até depois de tudo terminado, misturando lágrimas com o entoar dos mais famosos sucessos de Marília.

Cenas como essa repetiram-se ao longo de toda a manhã no velório, pelo qual, de acordo com as autoridades de Goiânia, passaram bem mais do que as 100 mil pessoas inicialmente esperadas e que foi transmitido ao vivo ininterruptamente por todas as grandes emissoras de televisão do Brasil. Quando os portões do ginásio Goiânia Arena foram encerrados, quase uma hora após o previsto, uma multidão com dezenas de milhares de pessoas ainda estava no lado de fora, não arredando pé sob um sol escaldante e mesmo sabendo que jamais conseguiria entrar.

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