A edição de hoje
É o filme de que toda a gente fala, ou não fosse a mais recente provocação de Lars von Trier. ‘Ninfomaníaca' está dividido em duas partes e a primeira chega já a Portugal na quinta-feira.
Trailer de 'Ninfomaníaca - Parte I'
A produção do filme esteve envolta em secretismo e o marketing alusivo à obra tem-se esforçado por enaltecer a polémica.
Além de cenas de sexo explícito, muita violência e diálogos crus sobre a intimidade, ‘Ninfomaníaca’ gerou burburinho com os posters de promoção, em que os atores presentes nas duas partes do filme – Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgaard, Shia LaBoeuf, Jamie Bell, Uma Thurman ou Christian Slater, entre outros – são fotografados em grande plano a simularem orgasmos.
Lá por fora, um pouco por todo o Mundo, o escândalo tem sido muito, mesmo antes de ser exibido o resultado final – que estreou na Dinamarca, país de origem de von Trier, no dia de Natal.
Na Florida (EUA), o trailer da obra para maiores de 18, já com cenas apelidadas de ‘hardcore', passou por engano durante uma sessão infantil, antes da exibição do último filme da Disney, ‘Frozen - O Reino de Gelo', já disponível nas salas nacionais. A gerência do espaço, o Pinellas Park, teve de pedir desculpas, perante pais incrédulos com a cena ocorrida no início de dezembro.
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Já no Brasil, um homem de 42 anos passou mal e desmaiou durante a antestreia da primeira parte da história, na passada quinta-feira, no cinema do shopping Casa Park, em Brasília. Mais tarde, alegou que estaria sem comer há muitas horas.
Apesar das ondas de choque, a versão que chega a Portugal em duas partes (a segunda estreia no dia 30) é mais curta e ‘softcore’, do que uma outra, com mais de cinco horas e meia, que deve estar reservada apenas para o próximo Festival de Cannes.
No primeiro tomo, ‘Ninfomaníaca’ começa com Joe (a protagonista Charlotte Gainsbourg) encontrada no meio da rua, depois de ter sido brutalmente espancada. É acolhida por um homem solitário (Skarsgaard), que decide ouvir a sua história.
Joe assume desde logo que é viciada em sexo mas o seu relato, de tal modo intimista, revela-se sensível e até terno, apesar das polémicas cenas explícitas.
Quanto à segunda parte, o filme endurece a sua abordagem, com Joe a ceder ao submundo sado-masoquista, carregado de orgias e sexo doloroso.
Lars von Trier encerra assim a sua ‘trilogia da depressão’, iniciada com ‘O Anti-Cristo’ e ‘Melancolia’, entrando novamente em território proibido. Tem coragem para entrar nele?
Nota: O trailer em baixo contém cenas de nudez.
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