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Coração leva Júlio Isidro ao hospital

Apresentador foi submetido a exame que serve para diagnosticar doenças coronárias.

31 de maio de 2019 às 01:30

Júlio Isidro, apresentador de televisão, foi esta quinta-feira submetido, "com sucesso", a um cateterismo cardíaco no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa.

Trata-se de um procedimento médico relativamente simples, utilizado para diagnosticar doenças coronárias, como por exemplo a angina de peito, mas também pode ser utilizado em situações de emergência para determinar a localização exata de uma obstrução que esteja a causar um enfarte agudo do miocárdio. A técnica pode ser realizada através do braço ou da perna.

Júlio Isidro abandonou as instalações da unidade hospitalar por volta das 18h30 de ontem, cerca de oito horas após ter sido submetido ao procedimento médico. Até à hora da alta médica, o apresentador, que completou 74 anos no dia 5 de janeiro deste ano, esteve "no quarto, acompanhado pela família".

Ao Correio da Manhã, fonte da equipa médica revelou que se tratou de um "cateterismo de diagnóstico, previamente agendado", afastando a ideia de que se tinha tratado de uma situação emergente. A mesma fonte adiantou que o procedimento "durou cerca de 20 minutos e que correu muitíssimo bem", não adiantando, no entanto, o resultado do exame.

A mulher do apresentador, Sandra Isidro, também revelou, nas redes sociais, que a intervenção decorreu "com sucesso" e aproveitou para tranquilizar e agradecer "a todos" pela preocupação com o marido.

A publicação de imediato se tornou viral, contando com centenas de comentários a desejar rápidas melhoras ao carismático apresentador.

Vasco Gama, médico cardiologista e conselheiro científico no Centro do Coração do Hospital Cruz Vermelha - inaugurado hoje pela ministra da Saúde, Marta Temido - foi o clínico responsável por realizar o cateterismo de diagnóstico em Júlio Isidro.

Sobre a duração do procedimento, Vasco Gama esclareceu que "nos cateterismos de diagnósticos a duração média é de 15 minutos".

O miúdo que se encantou pela TV

Não é depreciativo. É até um elogio: Júlio Isidro faz parte da mobília da RTP. Ainda miúdo assistiu maravilhado às primeiras sessões experimentais da Rádio Televisão Portuguesa, na Antiga Feira Popular, que ficava perto de sua casa.

Conhecido por muitos como o ‘senhor televisão’, a sua primeira ida ao canal público até foi na qualidade de elemento do coro do Liceu Camões.

Nascido em São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, a 5 de janeiro de 1945, Júlio José de Pinho Isidro do Carmo estreou-se na RTP no dia 16 de janeiro de 1960, aos 15 anos, como coapresentador do ‘Programa Juvenil’ ao lado de Lídia Franco.

Apresentou o ‘Fungagá da Bicharada’ entre 1974 e 1976, mas foi no ‘Passeio dos Alegres’ (adaptação para televisão do programa de rádio ‘Febre de Sábado de Manhã’) que Júlio Isidro ganhou maior popularidade.

De lá para cá nunca deixou de ser presença assídua na TV, sendo hoje uma das caras mais respeitadas do universo televisivo em Portugal.

Ainda frequentou o curso superior de Engenharia Mecânica, que não chegou a concluir, tendo encaminhado essa sua paixão para o aeromodelismo.

Nos últimos anos apresentou o programa ‘Inesquecível’ e colaborou também no programa ‘Traz P’ra Frente’, ambos na RTP Memória. Aos 74 anos é casado com Sandra Barros, trinta anos mais nova, (47 anos), da qual tem duas filhas, Mariana, de 20 anos, e Francisca, de 15.

"Riscos da técnica são mínimos"

Vasco Gama, médico no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa

CM – Um cateterismo é um procedimento de diagnóstico ou de tratamento?

Vasco Gama – Há dois tipos de cateterismos: o de diagnóstico serve para visualizar a parte interna das artérias coronárias, saber qual a morfologia e planear o tratamento. O cateterismo terapêutico serve para desobstruir as artérias. Normalmente, através de stents - peças metálicas que servem para manter as artérias abertas.

– Há riscos associados à técnica?

– Há sempre, mas os riscos da técnica são mínimos. É um procedimento simples, que se faz em praticamente todos os hospitais do País. O doente leva anestesia local e tem alta médica, no máximo, no dia seguinte.

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