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Mar de Java escondia tesouro

Cinco dinastias chinesas e uma forte presença islâmica na Indonésia do século X acabam de ser dadas a conhecer a partir da recuperação de um navio afundado na costa de Java há mais de mil anos, descoberto há um ano e só agora recuperado.<BR>De acordo com especialistas indonésios, envolvidos na recuperação deste tesouro, o seu destino passa agora por leilão.

21 de novembro de 2006 às 00:00

Uma comissão reguladora, entretanto criada para acompanhar o processo, espera que seja o estado a adquirir a totalidade do espólio que atinjirá, espera-se, valores na ordem dos milhões de dólares.

Cerca de 150 mil peças retiradas do fundo do mar de Java encontram--se na sua melhor forma, isto é, intactas e prontas a enriquecer um qualquer museu local, último destino defendido pela comissão.

Entre os artefactos recuperados contam-se peças de natureza tão diversa como cerâmica da China, Tailândia e Vietname, perfumes persas, pedras tumulares, espadas e gravações dos textos sagrados do Corão.

O achado é, simultaneamente, surpreendente e insólito, uma vez que as primeiras peças viram a luz do dia nas redes de incautos pescadores: mais interessados nas pescarias do que nas antiguidades.

De acordo com Horst Liebner, o elemento da equipa de arqueólogos responsável pelo trabalho de catalogação do tesouro, o navio naufragado teria por origem e destino, respectivamente, a China e a Indonésia.

“É um navio muito engraçado, de formato no mínimo curioso. Muito comprido, de fundo plano, proa afiada e uma surpreendente altura de pelo menos quatro metros”, descreve.

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